segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

[ 2008 are coming... ]

o último post do ano.
finalmente 2007 terminou, apesar de ter sido um ano que tive a impressão de que nunca ia começar.

não quero fazer balanço de coisas ruins e boas, não gostei de 2007 isso é fato.
e começo 2008 com esperança palpitante.

porém, coisas boas aconteceram em 2007, isso eu não posso negar. – o começo desse blog é um grande exemplo pra mim. e são nessas coisas boas que vou ater em minha consciência quando começarem a gritar 5... 4... 3... 2...

se fizermos a soma de 2 + 0 + 0 + 8 = 10. 1 + 0 = 1.
1 é começo. 1 é singular. 1 é ímpar.
eu espero para 2008 um ano de inícios e que seja inicio de coisas boas, só boas.

sem promessas para esse ano que inicia, juro que estou ansioso, mesmo porque meus planos já começaram, antes mesmo do ano acabar e eu tenho certeza que coisas vão mudar na minha vida, mudarão para melhor, é claro!

só prometo uma coisa: esse blog vai continuar insano – ou ainda mais. eu vou continuar sendo esse mesmo menino bobo que gosta de escrever que vocês conhecem, aqui ou em qualquer outro lugar, o mundo é grande e tem muita coisa hilaria ainda para acontecer.

aff. a inspiração está indo embora e eu estou começando a falar coisa com coisa, então é melhor terminar enquanto ainda existe coerência.

muito obrigado a todos que estiveram em meu blog durante todo esse ano.

é isso... que seja feliz [nosso] 2008.

sábado, 29 de dezembro de 2007

[história 092: - vamos almoçar?]

hoje eu fui na pseudo-cidade grande vizinha, pagar mensalidade do inglês, comprar umas revistas na banca [DOM e junior::2] enfim, essas coisas que da para se fazer por aqui.

próximo da hora do almoço, eu estava olhando uma vitrines, vendo umas bolsas e sapatos quando eu esbarro [literalmente] com um ex-affair. pedidos de desculpas e dez primeiros segundos de constrangimento, cumprimos e abraço tímido. conversamos, e a conversa rende, porque tinha quase meio século que nós não nos viamos, sabe quando você olha para a pessoa e pensa: "uau! ele melhorou desde a ultima vez, se fosse pra fazer um re-filmagem da sexy tape eu fazia"? é mais ou menos o que eu estava pensando enquanto ele falava de como a vida tinha mudado, vestibular, trabalho, blá blá blá etc e tal.

eis que venho o silêncio, aquele silêncio constrangedor.
eis que minha barriga deu um sinal de vida, ou melhor, deu um sinal de que estava perdendo a vida, sim senhoras e senhores minha barriga roncou e alto – ai que vergonha, nem meu corpo me respeita mais.

[rimos]

- acho que tem algo vivo dentro de mim – eu disse. [piadinha para aliviar meu constrangimento]
- vamos almoçar comigo? - ele sugeriu. mas antes que eu pudesse abrir a boca para responder – e eu ia responder sim. ele continuou: - vou comer uma buchada maravilhosa que vende um restaurante aqui pertinho, vamos?

buchada? pelamor de deus. alguém me solta um raio na minha cabeça.
pra quem não sabe buchada é uma comida típica aqui do nordeste, nada mais é do que o estômago do bode recheado com outras vísceras do animal e cozido por horas com milhões de temperos e ervas [um nojo].
quando ele me disse: "buchada!" me deu um arrepio frio que subiu do dedo mindinho passando pelo baixo ventre, estômago e garganta desaparecendo no mais cumprido de meus fios de cabelo e veio a ânsia de vomito isso tudo misturado à minha frescura.
misericórdia, pense vocês comer o estômago do bicho misturado com outras porcarias do próprio bicho, é nojento de mais – deus salve o vegetarianismo.

recusei o convite dizendo que tinha marcado com minha prima e tia que estavam rodando fazendo compras, fui embora deixando o mocinho visivelmente chateado, infelizmente buchada nem com o príncipe willian windsor, vou te contar...

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

[história 091: de qual buraco você saiu?

[direto da era mesozóica. do tempo que eu dava aula de informática]

sala de aula minúscula, apenas quinze computadores e quase quarenta alunos, pra piorar a situação, porque desgraça pouca é besteira, eu estava dando aula pra quinta série, pensem nos demônios hiperativos, meus ex-alunos.

enfim, a conversa paralela estava ensurdecedora, eu já estava pedido deus uma sessão de depilação com cera quente no corpo inteiro ao invés de dar aquela aula.

cinco gritos de silêncio e nada. mandei meio mundo calar a boca e nada.

a voz dela se destacava no meio de todas as outras. repetente ela era "mãe" da sala, era quem incendiava o outros as fazer bagunça depois tirava o corpo fora.
eu olhei bem pra cara da filha da putinha e gritei, não um grito qualquer, foi um grito gutural:

- cala a boca fulana.

[silêncio total]

continuei: - de qual buraco você saiu criatura, que eu vou lá fechar pra nunca mais sair um igual a você?!

- ué, professor eu sair do buraco do pixeu de minha mãe.

com disse jackson jr.: "sutil como um elefante caindo na lama."

uma sala inteira explodiu em risadas. pensei: "toma coisa boa, quem mandou cutucar a onça com vara curta" o que eu fiz? ri também oras, depois lamentei o quanto professor sofre, vou te contar...

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

[história 090: meu natal]

céu sem nuvens e salpicado de estrelas, noite de temperatura agradável e com uma brisa suave, era noite de natal. todos muito arrumados e bonitos, cabelos lavados e penteados, peles cheirosas e roupas novas, peru quentinho sob a mesa, arroz brando com passas e outras guloseimas, árvore cheia de presentes, tudo tão arrumadinho.
e veio a troca de presentes, palmas, risadas e abraços.
meia noite chegou, e trocamos abraços felizes, cumprimentos e desejos de boa sorte, os corações se enchiam da magia do natal.

hora do jantar, sentaram-se todos á mesa, mães faziam os pratos do seus filho, adultos conversavam enquanto bebiam vinho e todos sorriam.

meu primo que tem fala de ser o capeta em forma de humano e que faz jus à fama, veio e reclamou com a mãe que minha tia tinha colocado mais peru pra filha dela do que pra ele.

- larga de ser guloso rodolfo, come esse ai primeiro, depois você pega mais – disse a mãe do menino.
- é mesmo, ninguém tá reclamando só você, deixa de ser o problema – disse minha tia, a mãe que deu mais peru pra filha.
- não tem perguntei nada sua puta, cala a boca se não eu te furo com essa faca – disse meu primo pra minha tia. [bem sutil ele. ôh, que família feliz]

as cenas seguintes foi um tia enfurecida que pegou meu primo e deu uma rasteira num lindo golpe de capoeira [aprendido não sei como] deixando-o no chão, pegou um garfo sob a mesa e colocou tão próximo do olho do menino que dava agonia só de olhar e pisou no tórax dele com um lindo scrapim vermelho e disse:

- próxima vez que você me chamar de puta e disser que vai me furar, faça! ou eu quem vou fazer.

soltou meu primo e saiu triunfante, quase um guerreira valquiria nórdica, deu vontade de bater palmas, foi tão cinematográfico, mas preferi ficar queitinho no meu canto, menos arriscado.

e é assim que passamos nosso feliz natal, não a coisa melhor no mundo do que família, vou te contar...

sábado, 22 de dezembro de 2007

[história 089: mudanças drásticas de assunto]

estávamos nós dois conversando. ela em pé pegando roupas no guarda-roupas e eu analisava as combinações e a conversa fluía.

- jarbas, o que você acha dessa roupa?
- sinceramente não gostei.
- e essa?
- essa está legal.
- mas eu vou usar onde?
- usa no aniversário amanhã.
- não... muito simples.
- nem tá tão simples assim.
- dar o cu dói, não dói?
- o que menina?
- você não acha que dar o cu dói?
- uhm?
- aff. amigo até parece que é o fim do mundo.

[ risos ]

- prefiro não comentar.
- e o que você acha dessa calça?
- ué, mas não estávamos falando agora de cu?
- estávamos, não estamos mais.
- odeio essas mudanças drásticas de assunto.

...e segui-se mais um dia normal na minha vida, vou te contar...

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

alô, chics!

sabe aquele livro que quando você termina de ler pensa: "já acabou?"

estou falando de alô, chics! de glória kalil, para quem acha que etiqueta é coisa pra patricinhas, dondocas, socialights, peruas e bicha fresca, você não sabe o quanto você está enganado, eu recomendo que leiam alô, chics!, pois é um livro bem-humorado, mesmo sendo uma espécie puxão de orelha em muita gente – tudo muito sutil, é claro.

é um livro dinâmico e com um ritmo gostoso, um livro informativo sem ser enfadonho é o tipo de livro perfeito para acabar com o stress do dia-a-dia. não dita, sugeri. não se resumi em dizer qual talher usar à mesa – na verdade nem de talheres fala, mas diz o quão é bom ser educado e generoso.

deixa claro que todos somos iguais mesmo não tendo tanto dinheiro ou freqüentando locais sofisticados, pode-se ter uma conduta civilizada até mesmo no churrasco na laje, porém em determinados trechos o livro dirigi-se para o um publico mais rico, contudo sem perder a essência da idéia de igualdade.

ter etiqueta, mas do que saber como lidar e sair-se bem de situações constrangedoras, é não causar constrangimentos aos outros, como a própria glória kalil diz: "ninguém é chic se não for civilizado"

leitura recomendada, vou te contar...

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

[história 088: chove chuva, chove sem parar]

Você já teve a sorte de sentir o quão revigorante é um banho de chuva?
O céu estrelado começou a se fechar, vento e relâmpagos no horizonte eram os primeiros sinais de que possivelmente dali a algumas poucas horas [ou minutos] iria chover. Na rua todos olhavam o céu escuro, já passava das 22:30 e a rua foi ficando vazia de gente, mas eu permaneci no mesmo lugar.
E veio o primeiro pingo em minha testa, outro e outro, lembrei-me do celular que estava em meu bolso, a quantidade de pingos caindo aumentava a cada minuto, sem muito o que fazer, na esperança de salvar meu aparelho eletrônico da água [oh, tecnologia] sai correndo, como muitos faziam. Corria por puro praxe, todos sabem que quanto mais você corre mais você molha, porém mais rápido você chega, corri não para "salvar-me", mas para salvar o aparelho comunicador que não foi tão barato assim.
Quando em minha casa estava, blusa e bermuda salpicadas de água e pés molhados olhei pela janela. Na rua apenas a chuva caia tão forte e tão volumosa que eu não resisti. Coloquei o celular em cima da cama, calcei novamente as sandálias e sai correndo na rua sob os protestos de minha mãe, ouvi algo? Não!

Corri na rua livre, molhando meu corpo e roupas, nada mais importava, nada parecia ter valor, ali na rua eu e o mundo inteiro, eu e a chuva, molhando-me, lavando-me, tirando-me tudo quanto era coisa ruim.

Corri, não sei bem por que, talvez para me sentir liberto, escorreguei e cai na calçada de cerâmica, sorri. Brinquei feito criança, brinquei como nunca mais tinha feito, como nunca deveria ter parado de fazer. Sorri.

Caminhei por ruas que a muito não fazia, passei por lugares que não em interessavam outrora e a minha cidade assim molhada de madrugada parecia ter outra cara. Gradativamente a chuva foi parando e aquela sensação de nostalgia foi tomando conta e comecei a lembrar de coisas, de pessoas e momentos e tive certeza no caminho de volta para casa que viver era bom, mesmo que a vida não estivesse do jeitinho que nós imaginávamos, mesmo assim estar vivo era bom demais.

Completamente molhado, entro e minha casa em fazer barulho, ao menos tentando não fazer, quando já do lado de dentro fecho a porta e giro a chave, ouço a voz sabia de minha mãe vinda de seu quarto:

- se você ficar gripado eu quebro as suas pernas.

Um preço a si pagar, vou te contar...

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

[história 087: feio...]

daí né, estávamos alguns amigos e eu sentados na esquina conversando, quando chega uma conhecida. ela é mais amiga de um de meus amigos do que de mim, porém ela chegou cumprimentando todos e interagiu na conversa e tal, bem simpática diga-se de passagem, algum tempo depois ela fez o anuncio de que ia embora, tipo daquele jeito que você fala: "vou embora" mas fica mais um pouco, depois você vai.

alguém que estava passando me chamou para conversar, saí. quando eu voltei para a esquina sentei do lado da menina.

ela fez menção de que ia levantar-se, parou no meio do caminho e sentou-se novamente, olhou para mim e disse:

- jarbas, você parece o professor paulo.
- é?
- eu acho vocês bem parecidos.
- já me disseram isso antes, paulo que dá aula no marieta, não é? [marieta é o nome da escola]
- ele mesmo, aquele feio. [ o.O' ]

sem dizer mais nada ela levantou-se e saiu, eu fiquei no vácuo e ofendido.

- amigo, ela te chamou de feio.
- percebi.

bom começo de semana para todos, cada coisa que me acontece. vou te contar...

sábado, 15 de dezembro de 2007

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

[história 086: - oi, eu sou batista]

quem acompanha esse blog sabe que nas sextas-feiras tem feira livre aqui na minha cidade, logo todas as pessoas da zona rural vem para fazer suas feiras de frutas, legumes, comprar roupas que fariam coco chanel cair dura no chão depois de um avc entre outras coisas mais. o número de pessoas aumenta o número de carros também aumenta, o que tem de pau-de-arara aqui sexta-feira não está escrito nem na bíblia [olha que a bíblia fala do começo ao fim do mundo]

lá estava eu descendo a rua para expor minha figura na feira um pouco, ali perto da igreja católica vi minha amiga chorando até parecia que tinha acabado de fazer parto de trigêmeos e um menino que eu não conhecia; ele parecia consolá-la. quando ela me viu me chamou, encostei, ela me abraçou e disse aos prantos:

- oh ja, lula morreu!

[não animem-se lula é o nome do cachorro que ela tinha – deus não é tão bom ao ponto de permitir que nossa “metaRmofosO ambulantO” que finge ser presidente morresse, talvez não da forma que o cachorro da minha amiga morreu.]

- como foi isso inha? – perguntei.
- minha mãe o soltou hoje e um ônibus o atropelou. – disse seguida de uma crise de choro. [ser atropelado por um onibus não dever ser legal]
- ai que chato! [não pensei em nada mais inteligente para dizer]

e o rapaz? esse estava em silêncio respeitando nosso momento, bem chic.

- fica assim não amiga quanto mais você chora mais ele fica preso aqui, deixa ele ir tranqüilo para o céu dos cachorros.

isso foi surreal e infantil eu sei, mas eu não sei mesmo o que dizer nessa horas, porque eu sou muito tranqüilo com morte, é uma coisa inevitável e pronto e o meu lado bruxa cassandra + xuxa + infância = céu dos cachorros.
ai veio aquele silencio mortal [odeio isso] eu olhei para o rapaz, ele sorrio e estendeu a mão para um aperto, eu retribui o gesto apertando a mão do rapaz.

- oi eu sou fabiano da igreja batista.
- oi eu sou jarbas de nenhum igreja.

evangélico! num dou valor pra essa raça.

- muito prazer – ele disse.
- igualmente.
- aproposito, céu dos cachorros não existe.

ai que saco! odeio gente racional demais.

- muito obrigado pela informação – eu disse seco, fui hostil mesmo.

sem muito o que dizer e fazer [mesmo porque eu não aprendi ressuscitar cachorros ainda] despedi e minha amiga e de fabiano da igreja batista e desci para a feira.

virou moda agora ficar evangélico, também é um dos negócios mais rentáveis do mundo, lembra lá em Mateus quando o diabo mostra pra jesus o mundo inteiro e diz que em nome de jesus seriam feitas as maiores guerras e as maiores atrocidades dos mundo? ui que medo, penso que está se cumprindo... arrependei-vos raça de víboras ou queimarás no fogo eterno do inferno. [ui que medo]
eu acho isso um ignorância, essa coisa de eu sou batista, advenstista, católico, nova sião, deus é amor, testemunho de jeová. e daí espírito sem luz? a placa da igreja não vai te salvar não [se é que essa tal salvação vai haver mesmo] vamos colocar na cabeça que deus é um e pronto! [amém]

imaginem se essa moda desse menino pega.

- oi, eu sou khaled muçulmano.
- oi, eu sou maria católica.
- oi, eu sou eva evangélica.
- oi, eu sou joão macumbeiro.
- oi, eu sou pedro espírita.

- oi, eu sou Jarbas o anti-religião, o que acredita no poder da vida.

vou te contar...

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

enquanto isso no pronto-socorro do hospital...

cá estou agora no pronto-socorro do hospital de minha cidade, sentindo o que bee? rim! tinha que ser o rim de novo? que saco!

não vou mentir que meu sonho agora era tomar um daqueles calmantes mata leão pra ficar vendo elefante cor-de-rosa voar e nuvens de algodão doce [sonhos de infância]

[anyway]

nem calmante mata leão, nem nada. sim! o medico não chegou ainda e deus salve o SUS. deixarei bem claro que eu prefiro sentir dor até morrer do que ser atendido por aquele medico boliviano (vide
história 064) e eu ainda estou querendo o calmante, será que se eu fizer um escândalo gritando e dizendo que está doendo horrores meu rim querido, eles me dão o tal calmante ao invés do buscopan na minha veia?

e os elefantes cor-de-rosa que não aparecem... pronto! comecei a delirar. [crise de risos – mentira!]

e eu quem estava pensando que depois de ter feito xixi a tal “preda” do rim (vide
história 072) seria libertado, me enganei [coitado] parece que a pedra deixou sucessores que causam tão estrago dentro de mim quanto a outra, mas ela não perde por esperar, o chá de quebra-pedra está vindo por ai [crises e risos maléficos].

coloquem a caatinga a baixo, tragam-me todas as mudas de quebra-pedra eu quero beber o chão, meu rim é mais importante que a Amazônia [ui que medo do greepeace] depois que a caatinga tiver toda no chá, meu rim curado a gente manda oscar niemeyer construir uma mão sangrando igual a que tem em São Paulo.

Ai gente agora falando serio dor é a pior coisa do mundo, por isso eu quero meu tarja preta, dei-me meu calmante mata-leão ou então manda esse médico chegar logo [menos o boliviano] vou te contar...

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

enquanto isso numa madrugada de insônia...

quando você está com insônia...
não tem nada para fazer, liga a tv. eis suas opções...


coitados de nós que temos tv aberta ... ei cadê minha sky?

sábado, 8 de dezembro de 2007

[história 085: vai lá, dirigi!]

e todo sábado é a mesma ladainha. Acordar cedo, pegar o ônibus e ir pra a pseudo-cidade-grande vizinha para estudar inglês.
e todo sábado tem uma coisa louca que acontece, só pra variar. [that’s my life]

chego no ponto, pra começar chovendo [great!] o ônibus demora um pouco, mas chega, entro, ônibus vazio [não podia ser melhor] agradeci deus, mas desconfie que algo ainda podia acontecer [anyway] sentamos meu amigo e eu em poltrona separadas, para aproveitar o espaço, sentei numa das poltronas da frente, porém nem tudo são rosas, ainda mais quando eu estou próximo como minha sorte infinita. [cof. cof. cof] a cada ponto o ônibus foi enchendo de gente e pessoas pediam para parar fora dos pontos, rapidinho o ônibus ficou cheio e do meu lado sentou uma senhora que possivelmente não tinha mais do que 65 anos.

até aqui tudo bem...

mas não pensem vocês que eu tive paz, a cada ultrapassagem que o motorista fazia a senhora do meu lado se contorcia feito uma artista do cirque du soleil, todo vez que o motorista apartava o freio do ônibus a senhora do meu lado praticamente enterrava o pé no chão do veiculo automotor [até parecia que a criatura queria dirigir o bus] e isso me dava um agonia tão grande, antes mesmo de ela puxar papo comigo eu fiz a linha bela adormecida. sim! ru fingi que estava dormindo só para não falar com a mulher.

até aqui tudo bem...

como eu estava de olho fechado eu não vi, mas acho que o motorista fez uma ultrapassagem perigosa, só sei que de repente a senhora grudou no meu braço e apertou tanto que quase eu perdia os movimentos do membro por falta de circulação sanguínea. eu levei um susto tão grande [penso que fingi estar dormindo bem demais] a mulher soltou meu braço na hora, louca seria ela se não soltasse e foi esse suplicio até chegar à pseudo-cidade-grande vizinha, ou seja, duas longas horas de viagem com uma motorista da terceira idade do meu lado, quando o ônibus estava próximo do ponto final ela vira pra mim e diz:

- quantas horas meu filho?
[olho no celular]
- sete e vinte e cinco.
- quanto?
- sete e vinte e cinco.
- sete e oitenta e cinco?
- vinte e cinco.
- ah, brigado...
- não por isso senhora.

além de "motorista" é surda, vou te contar...

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

[história 084: espera lá que eu vou ]

terça-feira 04 de dezembro de 2007 . 23:40

antes de começar esse história é bom ressaltar que eu estava em minha casa em paz. celular toca, número conhecido.

- oi – eu respondo.

- onde você está? [bem direto eu diria]
- minha casa.
- ah. - disse desanimado.
- por quê? [eu tinha que cutucar a onça]
- queria te ver. [isso me deixou animado]
- cinco minutos eu estou ai.
- agora quatro minutos.
[rimos]

desliguei o notebook, fui no banheiro, xixi, escovei os dentes, perfume, camisinha no bolso e quando eu coloco a chave na fechadura.


- para onde você está indo jarbas ribeiro? - pergunta minha mãe de dentro do quarto [ai meu deus, ela estava acordada?]

- na rua minha mãe.

- fazer o que na rua essa hora?

- encontrar uns amigos.

sai antes que ele continuasse o interrogatório.

[ 23:43 ]

já na rua disco o número do celular.


- alô?
- já estou na rua, você está onde? - perguntei.

- por que está usando número privado?

- não quero arriscar que vejam o número do meu celular no seu.

- todo paranóico.
- eu diria precavido.

- onde você está?

- na praça, próximo ao trailer de lanches.

- longe.
- onde você está?
- onde a gente vai se encontrar? [eu perguntei primeiro, eu tenho que obter resposta primeiro]
- me diz onde você está.

- próximo à minha casa.

- bom, estou indo pra ai, bom que sua rua é escura ninguém nos verá. está sozinho?

- não. estou com uns cara aqui, mas eles vão dormir logo.

- e agora?

- me espera na frente da lanchonete que eu te encontro lá.

- até.

[ 23:45 ]


eu fui para frente da lanchonete, engraçado que quanto mais você esconde mais fica a mostra o que você quer esconder; todas as pessoas que não precisavam passar naquela rua e naquela hora passaram e todas que me viram todos me perguntaram o que eu estava fazendo lá tão tarde, ainda por cima sozinho, e eu? fazendo a linha katia.
enfim... tá na chuva é pra se molhar.

[ 00:00 ]


disco o número do celular. "sua chamada está sendo encaminhada para caixa de mensagens"
disco o número de novo. "sua chamada está sendo encaminhada para caixa de mensagens"
disco o número mais uma vez. "sua chamada está sendo encaminhada para caixa de mensagens"

o orgulho pulsa na veia do coração eu levanto, olho ao meu redor, nenhum ser vivo na rua, acho graça da situação, acho graça de eu mesmo. sem mais para fazer e vou embora.
amanhã é o novo dia e talvez novas ligações. o que teria acontecido? espero que tenha sido atropelado por um caminhão. ops! ... então é isso, vou te contar...

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

[o homem e sua particularidade - part. final]

[continuando]

dez dias se passaram e veio a lua cheia.
Severino não tardou em fazer o banho com todas aquelas verduras e legumes de duplo sentido, saiu de casa todo vestido de branco com uma sacola na mão, dentro a vela vermelha e o fósforo, despertou olhares de todos enquanto passava, mas não si importou com ninguém, aquela era sua noite, ninguém podia deixá-lo desanimado.
depois de muito caminhar, enfim Severino chegou na beira da lagoa da água barrenta que ninguém bebe das terras de nhô Tião, tratou-se de ficar nu segurou a vela e à meia noite em ponto acendeu-a.

começou a cantar a música que mãe Dalziza havia lhe ensinado, a lua cheia refletia seu brilho na lagoa de água barrenta espelhando uma imagem borrada da mesma.
Severino se sentiu muito bobo, mesmo assim cantava em plenos pulmões:

exu bebeu, exu sambou
exu bebeu, exu gloriou.
vem aqui sapo casamenteiro
exu te chamou.

Até um dança meio desajeitada Severino tentou, e quanto mais ele cantava, mais a vela derretia e queimava sua mão, mais ele se sentiu idiota e menos o sapo verruguento aparecia.
Severino olhou ao seu redor, agradeceu a deus por não estar sendo observado por ninguém, pensou em desistir a cera quente em sua mão incomodava, mas ele agüentaria para diminuir seu rolão.
Voltou a cantar e dançar, a água da lagoa fez uma onda, borbulhou e Severino cantou mais alto ainda. O borbulhar da água da lagoa aumentou, até parecia um caldo de feijão quente na panela e quanto mais borbulhava mais Severino cantava e dança, de repente Severino olha para a água lá no meio vinha surgindo um sapo, bem maior do que os sapos normais, bem mais feios que os sapos normais, absolutamente um sapo anormal. Ele estava em cima de uma vitória-régia.

- ogum iê meu sapo, exu vem me ajudar – gritou Severino, arrepiando da cabeça aos pés, não suportando a felicidade dentro dele.

O sapo que tinha os dois olhos fechados, tremeu a pálpebra esquerda, mas não abriu, tremeu a pálpebra, mas não abriu, mas Severino gritou outra vez:

- ogum iê meu sapo, exu vem me ajudar.

O sapo tremeu a pálpebra direita, tremeu de novo. Severino lembrou-se do aviso de mão Dalziza: "se ele abrir o olho direito primeiro sai correndo sem olhar pra trás". Sentiu medo, quis saber o que um sapo de mais de um quilo poderia fazer com ele, enfim era uma coisa que ele não queria descobrir, coisas do além é melhor não mexer.

O sapo mexeu desconfortável na vitória-régia e tão de repente que Severino nem percebeu ele abriu o olho esquerdo, deixando um Severino tão feliz que caiu no chão, porque tinha perdido a força das pernas. O sapo olhou pra Severino com cara de desanimo e cara de mau educado [uma cara de mau educado que só sapos mágicos sabem fazer]

- é o que é? – perguntou o sapo com um tom desaforado.
- você quer casar comigo? – perguntou Severino.
- não – respondeu, o sapo automático.

Eis que uma nuvem de purpurina envolveu o pinto de Severino, ele sentiu uma coceira no baixo ventre quando a poeira brilhosa sumiu o pênis de Severino estava 5 centímetros menor, a felicidade que Severino ficou é totalmente indescritível, mas ele sentiu vontade de sair assim nu mesmo gritando pra todo mundo ouvir que ele não era mais Severino do rolão.

"35 ainda é muito grande" pensou.

- sapo quer casar comigo? – perguntou, Severino outra vez.
- nãooo – respondeu, o sapo mais desanimado do que antes.
Depois da coceira no baixo ventre, eis um pênis de 30 centímetros.

- quer casar comigo sapo? – perguntou Severino outra vez.
Silêncio.
- NÃO! – gritou o sapo, tão de repente que Severino levou um susto.

E mais uma vez o pinto dele diminuiu 5 centímetros. Agora estava com 25 cm.
"só mais um vez eu vou perguntar" pensou Severino "20 centímetros é bom demais"

- quer casar comigo senhor sapo? – perguntou Severino e ficou olhando para o pinto, já esperando o diminuir mais cinco centímetros.

Porém, o sapo mexeu-se desconfortável na vitória-régia, coçou o olho com a pata, olhou para Severino e respondeu stressado:

- eu... já... disse... que... não, não, não, não e NÃOOOO!



[triste fim. com 40 centímetros de pênis eu virava ator pornô]