sábado, 1 de setembro de 2012

história 207: minha primeira vez num avião


aquela séria a primeira vez que eu estava voltando para a Bahia desde que tinha chego em Curitiba. por motivos óbvios _a distância de 1.829 quilômetros entre Tremedal e Curitiba_, eu decidi ir de avião _e aquela seria minha primeira vez numa aeronave.


contei um meu amigo da Bahia, que se mudou junto comigo, mas ele foi para Itu/SP, sobre a viagem e começamos a combinar de irmos na mesma época para Tremedal porque já tinha mais de 2 anos que não nos víamos e aquela parecia ser uma boa oportunidade para um reencontro.

...mas nem tudo são rosas _o que faz a história começar a ficar interessante.
passagem compradas, algumas semanas antes da viagem esse meu amigo me liga no Skype:

_oi amigo tudo bem?
_tudo e você?
_eu to bem, mas tenho uma má noticia... não vou poder ir para a Bahia.
_aii, nem acredito!
_pois é, não consegui pegar férias... não vai dar mesmo. acredita que eu contei para minha mãe que não ia mais e ela ficou feliz?!
_oxe! como assim?
_pois é, diz ela que sonhou com um avião explodindo no céu e era até bom eu não ir para não acontecer nada comigo.

[por favor, dêem ênfase no trecho “sonhou com um avião explodindo no céu”. obrigado]

pronto só bastou essa frase para daquele momento em diante eu ficar meio maluco com a história do tal sonho com avião explodindo no céu.

chegou o dia da viagem, Curitiba estava com o céu limpo, azul _ETA JESUS MARAVILHOSO!_, meu primo me deixou no aeroporto Afonso Pena, fiz check in... entrei na aeronave... só que eu cai na besteira de escolher o acento ao lado da janela. quando eu olhei para fora pela a janela o céu estava negro e começava a chover _assim do nada, virada típica de clima... coisas de Curitiba.
a primeira coisa que veio na minha cabeça foi a idéia de que eu ia morrer, afinal de contas a mãe de meu amigo tinha tido o tal sonho, se não fosse com ele, ia ser comigo _esse pensamento fazia muito sentindo na hora. me deixe!

...mas nem tudo são espinhos _o que faz a história ficar mais complexa e traumatizante.
entre todo a aflição da chuva lá fora, de repente senta ao meu lado um boy magia de terno e grava, sorri para mim _fiquei toda serelepe rs.

acidente? explosão? do que vocês estão falando mesmo?
parem como esses assuntos! que bad trip rs... pra que pensar em acidente  e morte com um homem daquele ao meu lado, gente?!

o avião subiu ao céu... minha barriga gelada, mãos suadas. tudo parecia dentro da normalidade prevista. de repente o avião dá uma queda brusca e sobe outra vez, pensei: “agora fodeu!” de repente o avião começa a dar umas tremidas como um carro que passa por uma estrada de terra esburacada...

no autofalante ouve-se: “atenção senhores passageiros, estamos passando por uma forte turbulência peço que todos apertem o cinto e permaneçam em seus devidos lugares”

pensei: “agora a porra ficou sério”

não bastasse todo o nervosismo de estar a cerca de 11.000 metros da terra firme, quando eu olhei para o lado o boy magia estava numa posição quase fetal, suando frio, segurando um terço de Nossa Senhora e rezando descontroladamente. pra que cês fazem essas misérias comigo, gente?! repara se não era o cão que estava operando... eu ia morrer, eu tinha muita certeza disso... pensei logo que o boy era algum sensitivo e que estava sentindo a queda do avião. que nada! Só foi o susto mesmo porque assim que saímos do céu do Paraná toda a confusão acabou.

cheguei na Bahia em paz... lindos 30 dias de férias.
não morri... beijos obrigado.

...e a volta? você poderia me perguntar.... então, a volta.
lá vou eu fazer o suplicio da volta da Bahia para Curitiba. vocês podem até não acreditar, mas quando entramos no céu do Paraná, outra vez teve turbulência. eu estava sentando ao lado da janela e dava para ver uns raios saindo das nuvens... quase cagada no maiô, só pensava que a mãe de meu amigo não tinha visto minha morte na ida, e sim na vinda... [in]infelizmente dessa vez não tinha boy magia psicótico devoto de Maria, mãe de Jesus ao meu lado e apesar de tudo, eu sobrevivi.

tá fácil, não. vou te contar...

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