sábado, 20 de junho de 2009

história 180: o pit bull blasé

uma das coisas que eu mais gosto de fazer em curitiba é me jogar no gramado do museu oscar niemeyer e ficar a tarde inteira só observando as pessoas e suas vidas de comercial de margarina.

mas nessa tarde particular eu estava acompanhado de uma galera muito legal. tinhamos acabado com dois litros de tequila e algumas [muitas] cervejas. já era noite. may e eu estava sentados bem juntos, loucos do edi, conversando, detalhe, em inglês, observando todos os outros mais loucos do que nós. eis que ouvimos um som de passos, muitos passos vindo ao nosso encontro. eu me aproximei de may mais ainda, ele grudou em meu braço, olhamos para trás e nada mais, nada menos do que um pit bull enfurecido vinha em nossa direção, correndo feito louco. "morri", foi a única coisa que consegui pensar.

may começou a gritar, eu entrei no embalo e gritei também, mesmo sabendo que isso não ia resultar em nada. e as outras pessoas? nem perceberam o que estava havendo conosco.
nós loucos por causa da cachaça, o pit bull correndo loucamente para nos matar, may gritando louca, eu gritando mais louco ainda, gente louca desmaiada no chão, gente conversando alto feito loucos, o pit bull correndo [muito louco], nós gritando mais ainda. sim, muita coisa acontecendo ao mesmo tempo - uma loucura.

de repente, quando estavamos certos que o bicho estava próximo e que as mordidas iam começar a qualquer minutos, nada aconteceu. é, nada aconteceu. frustrante, não é?! tipo, você espera altas mordidas, arranhões, mais mordidas - não estou bem certo se cachorros podem fazer mais do que morder e arranhar -, mas nada acontece, frustante, para dizer o mínimo.

eu olhei pra trás e vi o pit bull parado, nos olhando, com uma inacreditável cara blasé, depois, como se nada tivesse acontecido, o que não deixa de ser uma verdade, já que que ele não nos atacou, o cachorro filho da puta, com a maior calma do mundo, virou as costas e foi embora.

- o que aconteceu? - may, perguntou.
- ele foi embora... - eu respondi, frustrado.
- ele quem? o que era aquilo mesmo?

como assim? ela ia morrer e nem sabia do que seria. ôh, pessoa privilegiada, vou te contar...

9 comentários:

  1. cachorros babam tbm
    aaah eu me arrependendo tanto de n ter terminado com aquele imbecil antes disso, pq se não fosse a fobia dele com pessoas loucas (oq ele fazia comigo então?) eu estaria lá :D
    te amo

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  2. RISOS ETERNOS!
    ... Eu tenho um blogger e não sabia. Quando foi que eu criei um?

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  3. O pit bull nem ao menos deu uma linguada no seu edi? Que u-ó!

    Acho que ele sentiu o cheiro de taba e álcool vindo das senhôuras e viu que seria um crime maior: assassinato sem que a môna pudesse se defender!

    Será que desceu Marimar nesse ser de quatro patas?

    Uma beija pra quem se monta!

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  4. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    Ai, Jarbas! [rindo muito]
    Tenho a impressão que essas coisas só acontecem com você. Ô pessoa que tem a vida plena de acontecimentos incomuns.

    Um cheiro!

    Muita paz na caminhada!

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  5. Hahauahuhauau!

    Pessoa privilegiada é uma forma de conceber seu amigo! MAs eu diria lesado! hauahuhauhauah!

    E que sorte a de vcs, hein!

    E pelo jeito , o tempo que eu passei longe dai, vc arrumou uma turma, hein, menino!

    Que bom!

    Beijão!

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  6. Meu querido, fazia tempo que naõ vinha aaqui e como sempre é pura diversão e reflexão. Mesmo que não haja intencão, seus texto são cheios de códigos e significados...
    Muito bom!
    beijão, ainda esta congelando muito por aí???

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  7. Uuufa, que alivio!!! Mordida de pitbull é um horror

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  8. Não foi alucinação não por causa da birita? Hahahaha

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  9. Rindo muito!!! vc foi iludido!

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agora me conte você…