quinta-feira, 18 de agosto de 2016

O Retorno de Saturno


Minha segunda década de vida foi-se e foi tarde, eu diria (achei chatíssimo!). Por mais que não dê para dizer que foram anos ruins, também ainda não dá para dizer que foram os melhores; foi uma etapa de busca de autoconhecimento, momentos de solidão e desespero, experimentações, troca de opiniões, (muitas) dúvidas, decisões erradas, porém houveram inegáveis conquistas, superação, sobrevivência, (boas) surpresas inesperadas, aquisições e celebração de várias amizades que vão durar para sempre, houveram muitos sorrisos, amor e choro; mas minha década de 20 já deu tudo que tinha que dar, e tirou também.

E pensar que ter trinta anos já foi algo que me assustou muito, já chamei os 30 de "idade do medo", simplesmente porque eu achava uma idade inatingível e quando eu estivesse aqui seria tão velho e bem sucedido que 'ter dinheiro' aliviaria a preliminares da morte, que na minha cabeça aconteceria brevemente. Ledo engano, Leda Nagle!

Bem, como o rio segue para o mar, o trigésimo ano vivido chegou: e agora? Quais são os planos? Quais as exceptivas?

Primeiramente, Fora Temer.
Agora, sinceramente, escolhi (tentar) não ter resoluções/expectativas. Ainda fico me debatendo com questionamentos e dúvidas, sou mais seguro do que antes, mas também sigo incertos caminhos; a verdade, é que mudei mesmo sendo o mesmo, contudo percebo a cada dia que existe uma diferença enorme entre exceptivas e empolgação. Por exemplo, posso me empolgar com aquele cara incrível que conheci de maneira singular no ônibus, mas não tenho expectativas que ele siga o roteiro do romance que está dentro da minha cabeça; resolvi expandir essa percepção para todas as áreas da minha vida, me empolgo, mas tento não me enganar com expectativas.

É libertador perceber que, talvez algo aconteça, talvez não. Já [me] prometi tanto antes e não cumpri então, sem promessas para essa década; sem objetivos além de objetivo de continuar a tentar ser uma pessoa melhor.

Vou ficar.
Pensar.
Agir.

Escolhi me recolher mais, aceitar que não vou morrer, que decerto não vou ser multimilionário (ou vou), optei acreditar que é só mais um dia passando para outro… dois e nove que são trocados ou três e zero, quem me conhece sabe que não sou bom com números e agora sei que podemos usá-los sem me importar com essa contagem insana da idade.

Decidi respeitar (mais) as escolha dos outros. Quero escolher ser melhor para que o mundo seja melhor ao meu redor. Olho um horizonte fictício, até sinto uma brisa que não existe, são os ventos da esperança, que me torna humano que me faz acreditar que, quem sabe, ano que vem vai ser melhor... Talvez seja, talvez não. Tudo vai depender das minhas minhas escolhas e para os trinta anos eu escolho que tudo que me faz mal seja levado para bem longe, que nos não falte amor e que as coisas boas venham e se tornem rotina.

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

O Fascista Brasileiro

Primeiramente, FORA TEMER!


Você já tentou conversar/debater com um fascista brasileiro?

Tentar debater com um fascista é uma experiência fatigante, traumatizante e emburrecedora; um fascista sempre tem um discurso roteirizado, cheio de referências rasas possivelmente resultante de noticias tendenciosas vindas da Rede Globo, Folha de São Paulo e/ou qualquer publicação do Grupo Abril, tipo revista Veja (não veja, nem leia). Um fascista não está aberto a dialogar, ele tem um discurso pronto, inabalável e eles detestam admitir que estão errados, e na maioria das vezes estão.

O fascista é burro (sem querer ofender os Equus Africanus Asinus) por que não se permiti questionar, não está aberto ao dialogo ou pelo menos à tentativa de compreensão mutua. Quando você começar a argumentar com dados e referências que não sejam unilaterais (como a opinião dele é) o fascista vai dizer que você é violento, não tem senso critico e vai te acusar de partidarismo quando na verdade essas são as características que se encaixam nele.

E por falar em partidarismo, outra peculiaridade sobre o fascista brasileiro é o ódio faccionista que ele carrega nas costas (e que peso, hein!?). Hoje mesmo estava tentando debater com um fascista sobre racismo, vejam bem, eu estava tentando falar sobre nada além de RACISMO, porém quando a conversa tomou um rumo que não estava no roteiro do moço, eis que ele tentou desviar o dialogo para xingamentos ao Partido dos Trabalhadores (PT). Faz algum sentido? Pra mim, não. Até por que até onde sabemos o PT, que não tinha nada haver com a confabulação entre ele e eu, não foi fundando na Europa, não invadiu a África, não surgiu numa Capitania Hereditária etc. É isso mesmo, todo fascista brasileiro inexplicavelmente tem um ódio crescente contra o PT e seus lideres, provavelmente não importa sobre o que você esteja tentando conversar, quando não tiver mais saída para o autocrata, ele vai tentar insultar o partido. É como se as frases "Lula é ladrão!" e "Fora Dilma!" ou "Aqui não é Cuba!" fosse a argumentação final, a logica mais inteligente e conclusiva do mundo. Senhoras e senhores, não é.

Prezados, não vamos ser mediócres de pensamentos e nos limitar a implicância partidária/politica, libertem-se desse pensamento limitado, ordinário que não acrescenta em nada ao discurso esse palavrório batido de ódio gratuito contra o Partido dos Trabalhadores. Foco no que está sendo dito, libre-se do ranço idealista promovido pelo mídia golpista e pouco confiante. Perceba que você está passando por um adestramento social, essa opinião que você está defendendo tão fortemente, nem é tão pública assim, ela é publicada. Você é só mais um fantoche, pena que não percebe.

Contudo mesmo sendo enfadonho e quase sempre insatisfatório o resultado de um tentativa de dialogar com um fascista brasileiro, aviso-os que vou continuar a palestrar (quase) todas as vezes que uma inverdade estiver sendo divulgada, com a certeza que a casa grande treme todas as vezes que a senzala fala; apenas peço que VÁ ESTUDAR e no mais, fascistas, parem de bater panela, é vergonhoso e sócio-politicamente falando nada efetivo.

A Luta de verdade não é do alto de uma cobertura, é na rua.