Quando a gente não tem nada o que fazer, pensa cada coisa absurda, que às vezes nem a gente mesmo quem pensou acredita que fosse possível alguém pensar no que nós pensamos [ai, foi tanto pensar que meu cérebro fundiu agora].
Numa dessas crises de não ter o que fazer, eu pensei sobre como eu gostaria que fosse meu funeral - não você não leu errado é funeral mesmo. Ah, vai dizer que você nunca pensou como você gostaria que fosse seu funeral; não é escolher com você vai morrer isso é mórbido demais até para mim, mas é tentar imaginar como seria a festa - sim festa sim - da despedida de seu corpo carnal, pode até ser considerado coisa de doido, mas não vou mentir porque eu pensei mesmo. O problema é que as pessoas temem demais a morte, quando ela só deveria ser encarada como um fato inevitável que nos uni num único grupo, os mortais, quando todos entenderem que a morte é apenas mais uma etapa, que todo ser tem que passar e pronto, tudo vai ser melhor, pelo menos no tópico morte.
Vamos ao tal funeral?
Antes de qualquer coisa, que fique bem claro que eu não estou prendendo morrer, nem ma matar tão cedo [vocês vão ter que me agüentar muito mais].
E o funeral? Ok... ok... Vamos para o funeral ...
Tudo vai começar na hora que disserem:
- Jarbas morreu!
Quero ser velado num templo budista, com incenso queimando ao meu redor, quero um caixão de pau-brasil [me perdoem pessoal do greenpeace, mas essa é uma exigência que eu não abro mão] eu acho que nem existem caixões de pau-brasil, enfim, eu vou ser rico, planto um monte de pau-brasil e mando fazer meu caixão depois.
Ah, outro coisa não quero ficar na horizontal não, quero ficar inclinado igual uma Barbie que ainda está na embalagem [aloka]
Quero ficar 24 horas completas sendo velado, vai que eu dei aquela doença que eu me esqueci o nome agora, mas que deixa a pessoa em estado de pré-morte, nunca que eu quero acordar dentro de um caixão abaixo de 7 palmos de terra.
Outra coisa, eu não quero ser enterrado, quero ser cremado. Por quê? Nada nessa terra vai me comer, só o fogo vai me consumir [bem doida!]
Depois das 24 horas completas de meu velório quero sair do templo ao som de mantras sagrados cantados e falados pelos monges budistas. Me cremem, mas não pensem que vocês vão se livrar de mim assim tão fácil, quero ficar 1 ano e 1 dia numa ampulheta que terá a forma de dois dragões, um de prata e outro de ouro; quero ficar 1 ano e 1 dia subindo e descendo, na verdade descendo e descendo. Depois desse período quero que todos os meus amigos e familiares se reúnam na beira de uma praia de preferência no Rio de Janeiro, coloquem a música "American Pie" de Madonna numa caixa de som bem grande, na hora que Madonna cantar:
"Bye Bye miss american pie" , ou seja, o refrão da música, a pessoa que estiver casada comigo na data, ou minha mãe, enfim vocês decidam, estará depois da quebração das ondas num barco vai começar a jogar minhas cinzas no mar, da praia quero que todo mundo faça sinal de adeus com a mão, quando a música parar toda a minha cinza vai estar no mar, aí eu viro peixe e vivo feliz para sempre [amém, que assim seja].
Você que acabou de ler isso, acabou de se tornar responsável na efetuação desse funeral, se você, não ajudar para que isso aconteça eu volto para puxar seu pé e te atormentar pelo resto de sua vida.
Eu? Doido? Que nada, você que tá sem um pouco de criatividade.