[História 057: Meu primeiro banho em Curitiba]

Na manhã que eu cheguei na casa de meu primo, lá para as dez horas da manhã a primeira coisa que eu fiz foi tomar um banho. Aff. eu estava a mais ou menos quinze horas sem tomar banho, nem sei com minha mulher comum agüentou o budum na cama. Enfim, ela é uma boa amiga e soube disfarçar. Depois dos cumprimentos e tal, lá vou eu tomar meu banho. Água quente; sabe quando você entra debaixo da água do chuveiro e automaticamente sai aquele suspiro de alivio e prazer?! Ai você sente que todo o cansaço, tudo de ruim tá indo embora junto com a sujeira.

... Era um banho tão desejado, enfim, eu poderia dizer agora: "Ai eu terminei de tomar banho, me sequei, vesti uma roupa limpinha e fui pra sala comer alguma coisa e conversar com o povo" porém se assim fosse não seria a minha vida, não a que eu conheço.

Muito curioso que sou, eu olho naquela prateleira onde geralmente se guarda shampoo, sabonete e essas coisas de banho para ver se eu achava alguma coisa para passar no cabelo, uhmmmm, achei um shampoo excelente, passei o shampoo, passei o condicionar [da mesma linha] não me sentindo satisfeito de tá roubando as coisas dos outros, passo o olho rápido sobre os outros produtos da prateleira, na olhada rápida eu vejo algo com “aroeira” na embalagem, todos sabem que aroeira é um ótimo produto para espinhas, cravos e etc. ai eu percebi que era uma embalagem de sabonete líquido, pensei: "Genteeee, que revolução industrial, aqui no sul vende sabonete de aroeira líquido que chic de classe, vou passar no meu rostinho agora mesmo". E assim foi, derramei uma boa quantidade de sabonete na minha mão e passei no rosto, esfreguei, esfreguei e entrei de baixo da água para tirar o produto.

Eis o detalhe de toda essa questão, comecei a sentir meu rosto, como eu posso explicar? Assim, com a sensação de refrescor, sabe quando a gente passa álcool na pele e assopra?! Pois é, assim que eu estava sentindo meu rosto, pensei: "Genteee, que produto maravilhoso, você sente os efeitos imediatamente, ai é tão bom morar na capital, essas coisas só tem aqui no sul." Mas a sensação de frescor foi aumentando, aumentando, tanto que meus olhos começaram a arder e meu rosto ficou meio quente, sei lá. Isso foi me dando um medo, peguei a embalagem do sabonete e li, meio vesgo por causa da quentura da pele.

Oh, me da vergonha de falar, mas nessa altura do campeonato não dá mais para voltar atrás, mesmo porque já aconteceu nem tem como mudar .. o tal sabonete de aroeira era um sabonete INTIMO, por isso a sensação de frescor, pior de tudo e que o desgraçado do produto tinha menta e hortelã, ou seja, eu praticamente esfreguei um pacote de halls preto inteiro na minha cara, e o desespero agora, e medo de ter uma reação alérgica. Entrei debaixo da água do chuveiro o mais rápido que eu pude e fiquei lá molhando o rosto e nada da ardência passar, fiquei assim uns 10 minutos [mil perdoes green peace, tive necessidade!] só depois de algum tempo o frescor passou, voltei ao normal, me sequei, vesti uma roupinha limpinha e fui para sala, fica cara de Kátia [não tô entendendo nada, não aconteceu nada]. Até hoje ninguém lá sabe o que isso aconteceu.

Felizmente meu rosto não ficou vermelho nem nada [pelo menos isso] só faltava agora um dos homens da casa, sentir o cheiro do sabonete se manifestar sexualmente ativado e querer transar com minha cara. Vou te contar ...