eu fui avisar a minha companheira de setor que eu estava indo fazer meu intervalo, o vi sentado no setor de calçado, olhou pra mim enquanto provava um daquele sapatênis horríveis. "que lindo e bem vestido!", pensei. demorei mais do que realmente precisava ali, só pra olhar mais um pouco pra ele. sai. voltei uma hora depois, e para minha surpresa ele ainda estava na loja.
decidi recolocar todas as roupas que estavam no provador na area de vendas, ele olhava uma arara de camisetas, passou por mim, cumprimentou-me. meu coração acelerou. "será?", pensei. e para que eu não tivesse duvidas, ele veio mais perto e me perguntou: "tem muito tempo que você trabalha aqui?", tremi, vacilei a voz antes de conseguir responder. ele tava falando comigo mesmo? "tem uns cinco meses", respondi. dai, começamos a conversar, ele me contou com o que trabalhava, de onde era e o que fazia em curitiba.
- mas viver assim viajando deve ser ruim para o namoro, não?! - perguntei.
- é, mas eu não tô namorando. e você tem namorada?
- não - respondi entre risos disfarçados.
- é, o bom é que você conhece varias pessoas e tal, mas namoro a gente encontra assim, olhando - nessa hora ele olhou pra mim, continuou: - não é?!
puta que paria, ele tava na minha, ele tava dando em cima de mim descaradamente - ao menos era isso que eu imaginava que estava acontecendo - , e eu estava gostando disso e muito! me senti desejado - um sentimento novo -, e sentir-me assim foi bom, muito bom. eu tinha certeza que era pra ser meu, eis que ele pergunta:
- aquela menina de azul, qual o nome dela?
- fulana de tal?
- sim, ela tem namorado?
- não, acho que não...
- cara, eu tô de olho nela... - estouraram meu balão e eu cai de muito alto, me jogaram um balde de água frio e eu estava nu no meio de uma geleira no polo norte, no inverno.
- se você quiser, posso pegar o telefone dela. - essa foi uma frase que saio automática, não forçada, juro. mas ele era tão simpático que me veio na cabeça ajudá-lo, afinal de contas, mesmo sendo bonito ele não tem culpa de ser hetero, não é?!
acabou que eu consegui o tal telefone e ele foi embora feliz, mas não antes me contar que tinha uma banda, para meu desespero maior ainda. pense, magro, alto, bem vestido, simpatico, trabalhar e membro de banda. realmente, perfeito demais. eu, talvez, não mereça tanto. fiquei com inveja da menina de azul, não vou mentir, mas passou, e curitiba tem 3 milhões de habitantes, deve ter um ai pra mim - ou não. vou te contar...
decidi recolocar todas as roupas que estavam no provador na area de vendas, ele olhava uma arara de camisetas, passou por mim, cumprimentou-me. meu coração acelerou. "será?", pensei. e para que eu não tivesse duvidas, ele veio mais perto e me perguntou: "tem muito tempo que você trabalha aqui?", tremi, vacilei a voz antes de conseguir responder. ele tava falando comigo mesmo? "tem uns cinco meses", respondi. dai, começamos a conversar, ele me contou com o que trabalhava, de onde era e o que fazia em curitiba.
- mas viver assim viajando deve ser ruim para o namoro, não?! - perguntei.
- é, mas eu não tô namorando. e você tem namorada?
- não - respondi entre risos disfarçados.
- é, o bom é que você conhece varias pessoas e tal, mas namoro a gente encontra assim, olhando - nessa hora ele olhou pra mim, continuou: - não é?!
puta que paria, ele tava na minha, ele tava dando em cima de mim descaradamente - ao menos era isso que eu imaginava que estava acontecendo - , e eu estava gostando disso e muito! me senti desejado - um sentimento novo -, e sentir-me assim foi bom, muito bom. eu tinha certeza que era pra ser meu, eis que ele pergunta:
- aquela menina de azul, qual o nome dela?
- fulana de tal?
- sim, ela tem namorado?
- não, acho que não...
- cara, eu tô de olho nela... - estouraram meu balão e eu cai de muito alto, me jogaram um balde de água frio e eu estava nu no meio de uma geleira no polo norte, no inverno.
- se você quiser, posso pegar o telefone dela. - essa foi uma frase que saio automática, não forçada, juro. mas ele era tão simpático que me veio na cabeça ajudá-lo, afinal de contas, mesmo sendo bonito ele não tem culpa de ser hetero, não é?!
acabou que eu consegui o tal telefone e ele foi embora feliz, mas não antes me contar que tinha uma banda, para meu desespero maior ainda. pense, magro, alto, bem vestido, simpatico, trabalhar e membro de banda. realmente, perfeito demais. eu, talvez, não mereça tanto. fiquei com inveja da menina de azul, não vou mentir, mas passou, e curitiba tem 3 milhões de habitantes, deve ter um ai pra mim - ou não. vou te contar...