todos sabem que hoje nos EUA é o halloween, também conhecido como dia das bruxas. preguiça demais mas explicar as origens desse feriado que, por assim dizer, saí de nosso convencional. aqui não se comemora, oficialmente, o halloween, mas nem por isso a gente deixa de lembrar, né? dizem meus amigos americanos, que nos últimos tempos, lá na terra do tio sam, o halloween tem significado, na menos, do que o dia que as adolescentes usam roupas sexy sem receber o nome de bitch!
"...e como seria comemorado o halloween aqui na bahia?", pensei, mas não cheguei a uma conclusão... conclusiva. pensando no esoterismo da data lembrei das festas de santo em ilê de macumba, talvez isso poderia ser o que mais me aproximaria da data comemorativa americana, na verdade não tem nada haver uma com a outra, mas tô afim de falar do dia que eu fui na macumba, vou contar minha experiência numa festa de exú no ilê aqui de minha cidade.
eu tinha curiosidade de ir numa dessas festas, e o convite surgiu quando aconteceu uma festa de pomba-gira, um exú feminino.
eu fui com mais duas amigas que também tinha curiosidade de saber como era as comemorações do povo. a festa era à tarde, estava fazendo um calor de mais de trinta graus. quando mais eu me aproximava da casa mais eu escutava o batuque dos tambores, não vou mentir, nasci com o pé na senzala, por que aquela batida me deixa louco do edi. passei por um corredor e cheguei numa sala retangular ligeiramente pequena para a quantidade de gente que tinha lá dentro. cheiro forte de incenso, tinha um povo numa roda dançando, todos de vermelho. entrei, sentei e fiquei lá olhando o "espetáculo". admito que me decepcionei, minhas expectativas eram que as coisas fossem mais mágicas, algo do tipo, 'o exorcista' com objetos voando e tal, de o exorcista só tinha o povo recebendo os santos.
o tempo foi passando, o calor aumentando, e nada de realmente cinematográfico acontecia, isso foi me entediando ao extremo. minha garganta foi ficando seca, mais pessoas baixavam a pomba-gira no corpo. o batuque dos tambores começaram a martelar na minha mente, cada vez mais rápido, o ar quente invadindo meus pulmões e o cheiro forte de cecília, ou seja cecê, nublou a atmosfera da sala. era suor demais, risadas demais, incenso demais, cachaça demais [eu não bebi], vermelho demais, gente rodando demais, calor demais, tudo rodando junto, tudo cheirando forte. eu comecei a ficar tonto e suar frio. acreditem eu tive uma bad trip dentro do ilê, segundo minhas amigas eu estava amarelo e minha boca estava toda rachada de tão seca que ficou, na verdade, eu quem estava fazendo a menina do exorcista no centro de macumba.
minhas amigas perceberam o nível da bad em que eu estava e me carregaram para fora da sala, me sentaram numa sombra, me deram água e aos poucos eu fui voltando ao normal. fui embora de lá sem olhar pra trás e antes que alguma mãe/pai-de-santo me visse e falasse que era santo que estava pedindo passagem. nunca mais eu voltei lá, e nem pretendo. comemorar halloween na macumba não deu certo, vou te contar...
"...e como seria comemorado o halloween aqui na bahia?", pensei, mas não cheguei a uma conclusão... conclusiva. pensando no esoterismo da data lembrei das festas de santo em ilê de macumba, talvez isso poderia ser o que mais me aproximaria da data comemorativa americana, na verdade não tem nada haver uma com a outra, mas tô afim de falar do dia que eu fui na macumba, vou contar minha experiência numa festa de exú no ilê aqui de minha cidade.
eu tinha curiosidade de ir numa dessas festas, e o convite surgiu quando aconteceu uma festa de pomba-gira, um exú feminino.
eu fui com mais duas amigas que também tinha curiosidade de saber como era as comemorações do povo. a festa era à tarde, estava fazendo um calor de mais de trinta graus. quando mais eu me aproximava da casa mais eu escutava o batuque dos tambores, não vou mentir, nasci com o pé na senzala, por que aquela batida me deixa louco do edi. passei por um corredor e cheguei numa sala retangular ligeiramente pequena para a quantidade de gente que tinha lá dentro. cheiro forte de incenso, tinha um povo numa roda dançando, todos de vermelho. entrei, sentei e fiquei lá olhando o "espetáculo". admito que me decepcionei, minhas expectativas eram que as coisas fossem mais mágicas, algo do tipo, 'o exorcista' com objetos voando e tal, de o exorcista só tinha o povo recebendo os santos.
o tempo foi passando, o calor aumentando, e nada de realmente cinematográfico acontecia, isso foi me entediando ao extremo. minha garganta foi ficando seca, mais pessoas baixavam a pomba-gira no corpo. o batuque dos tambores começaram a martelar na minha mente, cada vez mais rápido, o ar quente invadindo meus pulmões e o cheiro forte de cecília, ou seja cecê, nublou a atmosfera da sala. era suor demais, risadas demais, incenso demais, cachaça demais [eu não bebi], vermelho demais, gente rodando demais, calor demais, tudo rodando junto, tudo cheirando forte. eu comecei a ficar tonto e suar frio. acreditem eu tive uma bad trip dentro do ilê, segundo minhas amigas eu estava amarelo e minha boca estava toda rachada de tão seca que ficou, na verdade, eu quem estava fazendo a menina do exorcista no centro de macumba.
minhas amigas perceberam o nível da bad em que eu estava e me carregaram para fora da sala, me sentaram numa sombra, me deram água e aos poucos eu fui voltando ao normal. fui embora de lá sem olhar pra trás e antes que alguma mãe/pai-de-santo me visse e falasse que era santo que estava pedindo passagem. nunca mais eu voltei lá, e nem pretendo. comemorar halloween na macumba não deu certo, vou te contar...
p.s: foto meramente ilustrativa.