[continuando]
- bom dia meu filho em que eu posso te ajudar? – perguntou mãe dalziza ao sentar na cadeira.
- eu tenho um problema no meu corpo minha mãe, vim vê se a senhora pode me ajudar. – respondeu Severino meio constrangido.
- vós-me-cê me diga então qual esse problema.
muito envergonhado Severino coçou a cabeça e disse:
- meu pinto tem 40 centímetros e eu não agüento mais isso.
- aaah, bem que eu tava te reconhecendo de algum lugar, você não é Severino do rolão?!
- sou eu mesmo mãe dalziza.
- mas o que lhe preocupa meu filho? tanto homi queria tanto ter esse picão.
- ninguém quer trepar comigo.
- já tentou Matias, viado gago?
- já.
- e ele não te quis?
- não
- vixe, seu problema é grande, deixa eu ver esse rolão.
Severino levantou-se, abaixou a calça, abaixou a cueca e mostrou para mãe-de-santo toda aquela fartura.
Mãe dalziza arregalou os olhos, arrepiou da cabeça aos pés e escancarou a boca.
- oxum misericórdia, - ela disse, ainda meio assustada – nem eu tinha coragem de enfrentar, guarda isso ai dentro meu filho, eu tenho medo só de olhar, seu problema é grande mesmo.
Severino mais desanimado do que antes colocou o pinto pra dentro e sentou-se novamente.
- tá vendo minha mãe, é disso que eu estou falando, ninguém tem coragem de ficar comigo, até de três pernas me chamam, se a senhora não tiver solução, vou fazer uma arte comigo, vou me matar.
- calma, calma meu filho, não precisa de tanto afobamento.
a mãe-de-santo pegou um saco de seda preta e abriu derramando conchas de búzios em cima de uma peneira de palha, pegou essas conchas mexeu pra cá, mexeu pra lá e jogou no tabuleiro. mãe dalziza olhou bem para os búzios na peneira, fez cara de raiva, sorriu, fez cara de desanimada e gritou:
- AXE!
Severino levou um susto – coitado.
- eu tenho a solução – disse mãe dalziza muito alegre.
Severino tava que não se agüentava na cadeira, pensava como aquelas conchas do mar podiam ter a solução do seu problema particular, talvez aquele foi um dos momentos mais felizes da vida de Severino, tirando é claro a única vez que ele transou, mesmo sendo num milharal, mesmo sendo com Adelaide, a anã, e mesmo ela ter ficado aleijada das duas pernas depois, enfim, gozar foi bom.
- pois então me diga mãe dalziza, eu tô que não me agüento.
- você vai fazer o seguinte – mãe dalziza começou – na próxima lua cheia à meia noite tome um banho com mandioca, pepino, cenoura e berinjela mais sal grosso, depois do banho cê veste uma roupa branca sem cueca e vá na lagoa barrenta nas terras de nhô Tião, aquela lagoa que ninguém bebe da água, fique nu, segure uma velha vermelha na mãe esquerda acesa e cante:
exu bebeu, exu sambou
exu bebeu, exu gloriou.
vem aqui sapo casamenteiro
exu te chamou.
- de dentro da lagoa vai sair um sapo verruguento e feio, cumprimente o sapo com o cumprimento assim: “ogum iê meu sapo, exu vem me ajudar” se o sapo abrir o olho esquerdo primeiro você pode prosseguir se abrir o direito, sai correndo sem olhar pra trás, você vai perguntar o sapo se ele quer casar com vós-me-cê toda as vezes que o sapo dizer não diminui 5 centímetros do seu rolão, mas tome cuidado o sapo não pode tá num dia bom.
Severino coçou a cabeça, repassou tudo mentalmente e fez cara que entendeu, e já ia se levantando. Mãe dalziza pigarreou e olhou para Severino com um sorriso amarelo, indicando para o rapaz que ele tinha esquecido alguma coisa.
- quanto foi a consulta mãe dalziza? – perguntou Severino, sem graça.
- 200 real. – respondeu mãe dalziza automática.
Severino chegou fechar o olho ao ouvir o preço salgado, lá ia embora 15 dias de capinagem na roça, tirou a carteira surrada do bolso e pagou, foi embora tão animado que nem conseguia esconder a excitação.
Dez dias se passaram e veio a lua cheia.
- bom dia meu filho em que eu posso te ajudar? – perguntou mãe dalziza ao sentar na cadeira.
- eu tenho um problema no meu corpo minha mãe, vim vê se a senhora pode me ajudar. – respondeu Severino meio constrangido.
- vós-me-cê me diga então qual esse problema.
muito envergonhado Severino coçou a cabeça e disse:
- meu pinto tem 40 centímetros e eu não agüento mais isso.
- aaah, bem que eu tava te reconhecendo de algum lugar, você não é Severino do rolão?!
- sou eu mesmo mãe dalziza.
- mas o que lhe preocupa meu filho? tanto homi queria tanto ter esse picão.
- ninguém quer trepar comigo.
- já tentou Matias, viado gago?
- já.
- e ele não te quis?
- não
- vixe, seu problema é grande, deixa eu ver esse rolão.
Severino levantou-se, abaixou a calça, abaixou a cueca e mostrou para mãe-de-santo toda aquela fartura.
Mãe dalziza arregalou os olhos, arrepiou da cabeça aos pés e escancarou a boca.
- oxum misericórdia, - ela disse, ainda meio assustada – nem eu tinha coragem de enfrentar, guarda isso ai dentro meu filho, eu tenho medo só de olhar, seu problema é grande mesmo.
Severino mais desanimado do que antes colocou o pinto pra dentro e sentou-se novamente.
- tá vendo minha mãe, é disso que eu estou falando, ninguém tem coragem de ficar comigo, até de três pernas me chamam, se a senhora não tiver solução, vou fazer uma arte comigo, vou me matar.
- calma, calma meu filho, não precisa de tanto afobamento.
a mãe-de-santo pegou um saco de seda preta e abriu derramando conchas de búzios em cima de uma peneira de palha, pegou essas conchas mexeu pra cá, mexeu pra lá e jogou no tabuleiro. mãe dalziza olhou bem para os búzios na peneira, fez cara de raiva, sorriu, fez cara de desanimada e gritou:
- AXE!
Severino levou um susto – coitado.
- eu tenho a solução – disse mãe dalziza muito alegre.
Severino tava que não se agüentava na cadeira, pensava como aquelas conchas do mar podiam ter a solução do seu problema particular, talvez aquele foi um dos momentos mais felizes da vida de Severino, tirando é claro a única vez que ele transou, mesmo sendo num milharal, mesmo sendo com Adelaide, a anã, e mesmo ela ter ficado aleijada das duas pernas depois, enfim, gozar foi bom.
- pois então me diga mãe dalziza, eu tô que não me agüento.
- você vai fazer o seguinte – mãe dalziza começou – na próxima lua cheia à meia noite tome um banho com mandioca, pepino, cenoura e berinjela mais sal grosso, depois do banho cê veste uma roupa branca sem cueca e vá na lagoa barrenta nas terras de nhô Tião, aquela lagoa que ninguém bebe da água, fique nu, segure uma velha vermelha na mãe esquerda acesa e cante:
exu bebeu, exu sambou
exu bebeu, exu gloriou.
vem aqui sapo casamenteiro
exu te chamou.
- de dentro da lagoa vai sair um sapo verruguento e feio, cumprimente o sapo com o cumprimento assim: “ogum iê meu sapo, exu vem me ajudar” se o sapo abrir o olho esquerdo primeiro você pode prosseguir se abrir o direito, sai correndo sem olhar pra trás, você vai perguntar o sapo se ele quer casar com vós-me-cê toda as vezes que o sapo dizer não diminui 5 centímetros do seu rolão, mas tome cuidado o sapo não pode tá num dia bom.
Severino coçou a cabeça, repassou tudo mentalmente e fez cara que entendeu, e já ia se levantando. Mãe dalziza pigarreou e olhou para Severino com um sorriso amarelo, indicando para o rapaz que ele tinha esquecido alguma coisa.
- quanto foi a consulta mãe dalziza? – perguntou Severino, sem graça.
- 200 real. – respondeu mãe dalziza automática.
Severino chegou fechar o olho ao ouvir o preço salgado, lá ia embora 15 dias de capinagem na roça, tirou a carteira surrada do bolso e pagou, foi embora tão animado que nem conseguia esconder a excitação.
Dez dias se passaram e veio a lua cheia.
[continua...]