quinta-feira, 2 de junho de 2016

Mais um Dia dos Namorados…

Eu tenho sempre comentado que a ferramenta "Neste Dia" do Facebook, tem sido um grande aliado (ao menos para mim) na hora de apagar aquele close errado, relembrar aquela foto, aquela festa, aquela bad-trip, aquela indireta para as inimigas, que a gente postou anos atrás e possivelmente nem lembrava que aquelas palavras ou imagens se quer existiam…

E lá vem mais um Dia do Namorados…

Obviamente que o Facebook está mostrando meu processo de digerir essa data ao longo dos anos, que insistimos em chamar de "comercial", mas não deixamos de nos pegar (uma hora ou outra) pensando que seria uma coisa bem legal estar com alguém, trocar presentes e coisinhas românticas etc e tals na porra desse dia! Certo? Então está certo.


Dia 02 de Junho de 2012, eu postei essa foto (acima) de dois rapazes segurando suas mãos com a legenda "…um dia chegará minha vez"; quatro anos se passarem e mais um Dia dos Namorados sozinho. Será que posso dizer que 'minha vez' não chegou?! Será que 'minha vez' vai acontecer um dia?

E quando eu me percebo questionando essas coisas, me lembro de um amigo que um dia me disse que não me via como um ser amável, ou melhor, ele não me via alguém para ser amado; segundo ele, eu sou 'demais', eu falo alto demais, eu tenho opinião demais, eu explico demais, detesto demais, amo demais e isso não iria permitir que alguém estivesse ao meu lado, essas características que fazem eu ser o que sou, na visão dele seriam algo que me impediria de ser amado por alguém. Admito que acreditei muito nessas palavras por bastante tempo, ele nem deve lembrar que me disse (duvido até que lembre o que almoçou hoje) mas até hoje tento me libertar dos efeitos do verbo sob mim, não é fácil.
E meu mecanismo de defesa é o silenciamento, eu digo para as pessoas que elas estão livres (elas estão de fato), mas a verdade é que existe uma voz lá no fundo da minha cabeça dizendo que eu não presto para ser amado por ninguém; Sendo assim não resta muito o que fazer além de deixar as pessoas passarem. O mais interessante dentro desse movimento é perceber que por mais que eu tente me blindar de certas situações, elas tendem a se repetir; Um ciclo. No entanto o ciclo do qual eu preciso me libertar é o meu próprio ciclo.

Será mais um Dia dos Namorados sozinho, mas a verdade é que eu espero que o amor não seja para sempre, para mim, apenas um verbo conjugado no futuro (inatingível) ou no passado (uma memoria nunca vivida).

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