sexta-feira, 26 de setembro de 2008

história 151: o chevette...

meu vizinho agora inventou de comprar um chevette. olhe, não é preconceito nem nada, mas chevett, de tão feio que é, nunca deveria ter sido considerado um carro, uma pessoa que tem coragem de comprar um chevette deveria apanhar em praça publica.

pois bem, não bastasse o modelo ridículo do carro, a coisa é verde, num tom meio musgo, sei lá. não é um carro velho, sabe?! mas também não é novo. e eu não sei explicar muito bem porque, meu vizinho, que tem garagem, mesmo assim não coloca o tal chevette lá dentro, coisa de doido. dai o carro passa a noite inteira lá na rua. o detalhe maior da história é que os vidros ficam aberto. acho que o povo despreza tanto o tal chevette que ninguém dá importância nem para roubar o coitado do carro.

... vai fazer um mês que eu estou trabalhando, três vezes por semana, à noite, num povoado da zona rural daqui. e chego em casa cerca de 23:00 até 23:30 [...] minha rua para variar, nesse horário está menos movimentada que o deserto do saara. lá vou eu caminhando devagar, cabeça baixa. eu tinha aplicado prova e recolhido uns trabalhos, ou seja, as minhas mãos estava cheias de papel. quando eu estava na mesma direção do carro que estava lá parado, silencioso e quieto na porta de meu vizinho. olho para o chevett, xingo-o mentalmente, arrepio de raiva daquele carro horrível. quando de repente uma cabeça saí de uma das janelas do banco traseiro, era um homem visivelmente bêbado, ele disse:
"quantas horas aí?!" eu, automaticamente, dei um super grito, seguindo de triplo mortal carpado para trás jogando no ar tudo quando era prova e trabalho que estava na minha mão.

via-se um jarbas com a mão no coração, a respiração ofegante, as pernas tremendo, meu coração era uma escola de samba na sapucaí, eu olhei para o chão, aquele monte de papel ao meu redor, eu senti na calçada e comecei a chorar. sim, chorar feito uma criança, acho que o stress de um dia inteiro de trabalho mais o susto e os papeis no chão me deixaram vulnerável. depois de uns cinco minutos de choro como bêbedo me velando calado. eu comecei a catar os papel ainda soluçando baixo. de repente o bêbado fala:
"e as horas moço, vai falar ou não?!" minha raiva era tanta, que eu olhei para o bêbado com o meu melhor olhar de bette davis e disse: "vai perguntar a hora para o capeta não pra mim!" ele diz em respota: "vixe, tá stressadinho... nem vou mexer, se não me bate, mas não chora não viu?!"

eu nem disse nada em resposta, terminei de catar meus papeis fungando de raiva, deixei o bêbado sozinho e entrei em casa. quando eu já estava deitado em minha cama, fui parar para pensar na situação e comecei a rir sozinho por um logo tempo, foi inevitável pensar no quanto a situação foi surreal e engraçada. cada coisa que me acontece, né?! como diria uma amigo: "a gente se fode, mas se diverte" vou te contar...

p.s: foto meramente ilustrativa, o carro de meu vizinho é pior que esse aí.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

eu adoro falar aracy balabanian...

... mas às vezes eu erro. Aracy Banabalian, Banabanian, Banananian, Balabalian, Banbanalian, Banbabalian, Banbalanian, Banbanilan, Banananliou, Balablabian, Bala de Morango, Banalinaãn, Banana com aveia.


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terça-feira, 23 de setembro de 2008

antropofagia da tribo [ou] os gays que me envergonham

eu sempre achei que gays, por serem gays, deveriam ser pessoas livres de qualquer tipo de preconceito, partindo do pré-suposto, obvio, de que gays fazem parte de uma minoria massacrada pelo preconceito a centenas de anos. enfim, nem eu mesmo sabia o quanto eu estava enganado. vejam a situação: estávamos sentados de frente ao trailler de lanches, éramos cinco, três mulheres e dois homens, ambos gays. eis que veio caminhando um rapaz negro, que até então eu nunca tinha visto na cidade.

- gente, olha que rapaz bonito - eu disse.

as meninas concordaram comigo. eis que, automaticamente, meu amigo diz:

- deus me livre! gente, ele é preto!

houve um segundo de silêncio. ninguém disse nada, se é que alguém conseguia pensar em alguma coisa realmente inteligente depois de uma frase tão preconceituosa. eu tomei da palavra primeiro.

- e qual o problema dele ser negro? - perguntei.
- nenhum, sei lá, não gosto, tenho nojo - ele respondeu, totalmente desconcertado, talvez tenha percebido o nível de preconceito da frase anterior.

meu discurso foi longo... as meninas caíram em cima falando também. o que mais me assustou foi o quão automática que a frase saiu da boca dele. é triste, antes de qualquer, ver uma pessoa que sofre preconceitos todos os santos dias, como meu amigo, porque ele é afeminado, ter preconceito, com um semelhante.

são esses os gays que me dão vergonha. pior de tudo é saber que essa atitude de meu amigo é característica de vários gays ao redor do mundo. existe uma antropofagia de nossa tribo que me assusta. as monettes fashion que odeiam as bichas pão-com-ovo, que por sua vez odeiam os travestis, que odeiam as barbies, que odeiam os bears e assim segui-se todos mastigando todos vivos, sem lembrar que somos todos farinha do mesmo saco.

agora, sem hipocrisias, até porque eu já devo ter dito para vários leitores de meu blog no MSN que eu não me interesso [muito] sexualmente por negro, o que é um direito que eu tenho, todos nós temos preferências sexuais e isso nem discutível é. tenho diversos amigos de pele escura, não me relacionar sexualmente um um determinado tipo de humano, não me dá o direito de sair por aí dizendo que eu tenho nojo de quem quer que seja, até porque comigo não é assim. antes de qualquer coisa nós somos todos seres humanos, feitos da mesma matéria decompositora, totalmente semelhantes por dentro e por fora. e o que se vê por fora é apenas uma casca. tem que chegar logo o dia que as pessoas vão colocar em suas cabeças que cor, religião, sexualidade, não são fatores determinantes para definir o caráter das pessoas. para que mais lindo, loiro, branco de olhos azuis [e gay] do que adolf hitler, no entanto, matou milhões de pessoas sem causa nenhum, em contra ponto, temos zumbi dos palmares, que era negro, e salvou centenas, ou mais, de vidas.

eu disse para meu amigo: "olhe ao seu redor, olhe para essa cidade, o país que você vive, seus parentes, não há ser nativo no brasil que possa dizer que não é mestiço, que não tenha, mesmo que o mínimo, de sangue negro correndo nas veias. o brasil foi construído por mãos negras, nossas terras foram regadas com o suor desse povo. e no entanto, você, e eu também não reconhecemos isso. negros são superiores. é o povo que tem mais gana. que ri quando é de chorar! se eu fosse você eu me envergonharia desse tipo de atitude preconceituosa, porque isso é uma doença, liberte-se antes que seja tarde demais."

como consideração final, eu vos digo, mesmo que difícil, libertem-se desses tipos de atitudes preconceituosas, se você não as tem, meus sinceros parabéns. mas se você é preconceituoso, vou te contar... você é doente, e deveríamos todos ter, não nojo, mas pena de você.

domingo, 21 de setembro de 2008

eu preciso...

...de pessoas reais.
quero alguém diferente, por que eu sou diferente.
quero o melhor, porque eu sou melhor.

eu sei que esse alguém existe, está em algum lugar desse mundo...
rodeado dos homens errado, apenas me esperando.

...um dia a gente se encontra! [só espero que não demore muito]


[am I just a another dreamer?]


quinta-feira, 18 de setembro de 2008

história 150: festa na roça, é pra lá de bom!

era pra ser uma noite qualquer, eu iria ficar dentro de casa, sem fazer nada, assistir alguma serie americana no notebook, comer alguma porcaria, ler, depois dormir. mas elas me ligaram me chamando para ir nunca festa na zona rural. olhei ao redor, pensei: "o que poderia dar errado?! eu vou..."

em menos de quinze minutos eu me arrumei e eles pararam o carro na porta de minha casa, magicamente seis pessoas dentro de um gol rumaram para a tal roça, cerca de dez quilômetros de distancia do centro. poeira era o que não falta e a velha sinusite adormecida voltou com força e foi espirro para todos os lados. eu só pensando: "senhor, porque eu faço isso?!"

[...]

depois de solavancos, buracos, quase uma batida, desvios de animais, nós [finalmente] chegamos ao lugar da tal festa. foram os dez quilômetros mais longos de minha vida. desci do carro. olhei ao redor e automaticamente senti vontade de voltar para o aconchego de minha casa.

via-se varias barracas de bebidas um carro com um fundo aberto improvisando um balcão de bar, uma churrasqueira do lado e carne chiando em cima da grelha. ao lado uma cobertura com um palco de madeira e caixas de som que pareciam que tinham enxames de abelhas tamanho era o zumbido. tinham as clássicas barracas de pasteis que dava medo só de olhar para quantidade de gordura que tinha cada um deles. gente feia era o que não faltava e todos os meus alunos pareciam estar lá. por onde eu andava tinha alguém falando meu nome.

"a solução é beber, né?!" pense. encostei perto de uma daquelas barracas e pedi uma cerveja. o povo que veio comigo se espalhou. e eu permaneci próximo à barraca das bebidas o prefeito encostou, pagou uma cerveja pra mim. o vice-prefeito encostou, pagou uma cerveja pra mim. o irmão do prefeito encostou, pagou uma cerveja pra mim. outras pessoas encostaram e pagaram cerveja pra mim. alcoolicamente falando foi umas das melhores festas de minha vida. fui e voltei com praticamente a mesma quantidade de dinheiro, mas beber cerveja é o diabo, porque toda hora a gente sente vontade de ir no banheiro.
"onde tem banheiro aqui?!" perguntei e uma chuva de risadas veio como resposta.

- aí, ué!
- aí, aonde?
- qualquer lugar escuro, qualquer uma dessas cercas, no meio do mato, escolhe...
- mas eu preciso ver um vaso sanitário para fazer xixi... [fazendo a bessha fresca]
- vixe, tem ali no prédio da escola, vai lá, mas acho que não é muito limpo não.

"mas acho que não é muito limpo não" essa parte da frase ressoou varias vezes dentro de minha cabeça enquanto eu caminhava em direção ao banheiro que ficava próximo à escola. Abri o portãozinho de ferro, algumas pessoas sentadas no muro baixo. fui caminhando pelo corredor lateral, virei à esquina, estava meio escuro, mas deu pra ver na minha frente dois homens se atracando! voltei dois passos, só podia estar bêbado, como assim?! lá no meio do nada também tinha viado?! soltei um pigarro. eles me olharam desconfiados, eu abaixei a cabeça, morrendo de vontade saber quem era, mas a escuridão e minha cegueira não permitiram reconhecer os sujeitos. o de blusa clara saiu primeiro, depois o outro. entrei no quartinho 2 por 2, o cheiro forte invadiu minhas narinas. onde estava o vaso sanitário? que vaso que nada, lá tinha era um buraco no chão. mijei lá mesmo.

voltei ao encontro de meus amigos, continuei bebendo e perdi meu bom-senso rápido, graças a deus. e nada mais me surpreendia. oh, coisa boa, esses programas de índio mudam minha vida. vou te contar...

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

nunca lamberam meu mamilo

depois de alguns filmes pornô vintage, fotos sobre sexualidade do slide que um amigo está fazendo para a faculdade, eu, numa busca às minhas experiências sexuais passadas, percebi que nunca lamberem, chuparam ou até mesmo morderam meu mamilo. vida sexual resumida, não é?! estou me sentindo uma santa balsaquiana adventista do sétimo dia que não faz sexo desde 1956 - estou quase lá, acredite!

a partir de agora, essa será uma parte que eu vou explorar mais. apesar de que ultimamente tenho tido tão pouco sexo [lê-se: nada]. desde junho que euzinho aqui não penetro nada e nem sou penetrado, enfim... meu grande problema, modéstia zero a partir de agora, é que as pessoas se sentem intimidadas por mim, então, geralmente eu tenho que ir lá e fazer todas as acrobacias na cama, enquanto, na verdade, era exatamente o que eu gostaria que fizessem comigo.

insatisfação na cama, insatisfação no trabalho, insatisfação na vida... nem sei o que faço mais.
aff. mas meus mamilos estão por aqui ... se alguém quiser chupar... só falar. [risos] só rindo para não chorar, vou te contar...

foto: nipple by Loudovich (deviantart.com)

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

história 150: hot, hot, hot!

é tanto calor que essa cidade é praticamente a fornalha do inferno. eu não aguento mais.
você acorda de manhã e sua cama está molhada, dai você pensa: "ops! mijei na cama" ou "orra, choveu de noite e tinha uma goteira encima de mim!" mas não foi nada disso, foi toda a água do seu corpo que resolveu sair de você em forma de suor, porque durante à noite fez mais calor que o saara ao meio dia.

calor é uma das piores coisas do mundo, pense: quando está calor, esteja você nu ou vestido, você sente calor. na rua ou dentro de casa, você sente com calor. é nessas horas que você pede para deus instalar ar-condicionado no mundo inteiro.

nem sei mais o que pensar, só sei que eu odeio calor e quando eu levantar dessa cadeira até meu cu vai estar suado.
deixe-me ir ali tomar um banho, mas antes deixo um apelo: "injetem o inverno europeu na minha veia, agora!"



don't forget: uh-hu, fashion!

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

história 149: só mais um pontinho, doutor!

eu me lembro que nos auge de minha infância eu ia todas as tarde para a casa de meu avô [in memorian] e ao lado da casa dele tinha uma construção, todas aquelas madeiras, caibros, ferros e buracos me fazia sentir num filme de rambo, eu me sentia o próprio power ranger vermelho pulando, correndo e gritando a tarde inteira.

numa dessas idas para a tal construção eu revolvi brincar de pular nos buracos do alicerce, sair, pular no outro e sair e assim sucessivamente. já deu pra perceber que não ia dar coisa que preste, né? pois é, num desses entra em sai do buraco grande eu cortei meu joelho num caco de vibro que estava grudado na parede vertical. eu lembro que eu senti uma fisgada no joelho, nada mais. continuei brincando, pouco tempo depois meu pai me gritou e eu fui embora todo sujo de terra. meu pai tinha um fusca branco – meu sonho de consumo hoje – e entrei no carro quando meu pai disse:

- é o que isso no seu joelho?

eu que até então não tinha percebido nada olhei para o tal joelho; tinha uma ferida grande e escorria sangue feito uma cachoeira.

- onde você machucou isso, menino?
- não sei, pai.

meu pai ligou o carro e fomos direto para minha casa, na hora que eu cheguei no colo de meu pai minha mãe ficou desesperada. uma de minhas tias estava em casa; minha mãe sozinha é escandalosa - imaginem ela e uma irmã, pois é – o escândalo! só jesus. me mandaram tomar banho, levei todo o sangue e decidiram me levar para o medico. acho que o maior desgosto de uma criança é ir para um hospital, fiz carão, com muito relutância minha tia e meu pai foram me levar no hospital – segundo minha mãe ela não ia agüentar ver o médico mexendo em mim.

sala branca. jarbas em cima da maca. perna esticada. cheiro de éter. médico abrindo e fechando ferida grande. pai do lado de fora. tia discutindo com o médico sobre a ferida do sobrinho. médico chama enfermeira. seringa. agulha. enfermeira caminha em minha direção. jarbas gritando desesperadamente. tia segura forte. enfermeira aplica anestesia. lágrimas. jarbas grita mais. tia segura mais forte. médico pega agulha e linha preta. primeiro ponto: jarbas olha, grita e chora. segundo ponto: jarbas olha e grita mais alto. tia segura firme. terceiro ponto: jarbas olha. tia acha estranho e diminui a força. quarto ponto: jarbas olha mais de perto e tenta dobra a perna. tia xinga. Médico reclama do barulho. silêncio. quinto ponto: jarbas não olha. sexto ponto: jarbas olha e acha que está tudo bem. tia olha. tia diz:

- dá mais um pontinho doutor, to agoniada com esse pedacinho vago aqui.

agoniada? como uma pessoa pode ficar agoniada pelo ferimento de outra? ela tava mandando me dar mais um ponto que não era nela que aquela agulha grossa estava entrando e saindo. o maldito médico para se ver livre de nós, mais de minha tia do que de mim, deu o maldito ponto. pense num jarbas que excomungou [mentalmente] o mundo inteiro por causa da tal agonia da tia e do tal pedacinho vago.
e volta eu pra casa com sete pontos no joelho, aprendi a não mexer com buracos? que nada! de vez em quando eu ainda caiu em uns e outros por aí, que só allah para me ajudar. só sei que ser criança era bom, mas não era fácil não. agora eu levando minha bermuda e vejo no joelho esquerdo a marca dos sete pontos. ai ai viu, vou te contar...

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

história 148: a calourada

no fim de semana eu fui numa calourada de um dos cursos da universidade publica da cidade vizinha. não foi minha primeira vez numa calourada, mas foi a pior delas [pardon moi organizadores] mas não foi legal não. parte por minha culpa e de meus amigos, que resolvemos chegar na festa às 18hrs sendo que a mesma tinha começado por volta das 13hrs [um atraso básico de noiva].

chegar sóbrio numa festa onde todo mundo [ou quase todo mundo] está bêbado, não é das melhores experiências. tem gente que gosta para observar os micos dos outros, mas eu nasci para estar na muvuca pagando todos os micos alcoólicos [ou não] e não para observar e pra mim não foi divertido assistir o outros loucos, porque eu queria estar lá no meio deles.

festa de faculdade sempre me faz lembrar de filmes teen-escolar-norte-americano com suas irmandades com letras gregas, lideres de torcida e capitães de times de futebol americano, somados, à pouca prudência, álcool, sexo e música que me agrada. a diferença dessa calourada com o clichê americano é oceânico, como se desse realmente para comparar. a falta de letras gregas, nada como uma boa lambda, delta, pi [λ, Δ, π] para fazer alguém feliz. não houve sexo, não que eu tenha visto, mas houve muita gente bêbada descendo até o chão e brigando por causa de música.

a música nesse calourada foi um detalhe à parte, ao invés de um electro-pop básico que agrade a todos, a galera só queria ouvir arrocha, forró e axé. fazer o quê? a gente tá na bahia, não é?! experimentaram colocar madonna, no lugar do mil vezes repetido, "chupa que é de uva", mas não foram 4 minutes para o conflito iraque e os eua parecer brincadeira de criança diante confusão que instaurou-se naquela cobertura.

depois disso não aconteceu muita coisa. [suspiro] se eu tivesse chegado mais cedo teria sido melhor, eu tenho certeza, mas como minha amiga disse:
"tem quatro anos de curso pela frente, e muitas festas para acontecer" assim eu espero, meu nome já está no main list da próxima, claro! eu sou brasileiro e não desisto nunca! vou te contar...

sábado, 6 de setembro de 2008

hoje eu acordei...

...com uma vontade louca de escrever, desde muito cedo estou em pé, mas é só agora eu tenho coragem de sentar aqui e começar a apertar essas teclas, não sei direito sobre o que falar, não há nenhuma história para contar, na verdade há, mas nenhuma se encaixa aqui, não agora.

ela disse: "sem pânico"

e eu apenas aguardei as próximas frases virem no MSN, e o que eu mais temia em ler no últimos meses eu li em apenas 30 segundos.

"vou me mudar daqui, mas não mude seus planos"

"sem pânico" gritei em minha mente, e a minha única resposta foi um smile com duas letras "O" maiúsculas, assim: O.O [meu rosto em pânico?] e agora, josé?

ele não explicou mais nada, não disse seus os motivos, ainda. mas eu torço por ela, mais do que qualquer outra coisa, e não egoísta a ponto de querer prendê-la a mim, ou a qualquer outra coisa que não a fará bem. apenas tento não pensar. é nessas horas que você sente necessidade de ter alguém para abraçá-lo e dizer ao pé de seu ouvido: "don't worry, dear. I'm here" não necessariamente em inglês, escrevi assim porque pensei na aula que vai começar daqui algumas horas, enfim.

"sem pânico" ela disse, e é sem esse tal de pânico que eu tenho tanto estar, eu acho. tenho tentando não pensar, não pensar que tudo que eu venho planejando a 5 meses [ou mais] atrás pode ter sido destruído em 30 segundos, em apenas uma única frase, "vou me mudar daqui".

mas ela disse: "...mas não mude seus planos" há como não fazer isso?
minha real vontade é sair correndo, assim, sem rumo, sem saber direito para onde ir. só andar, depois correr, depois... sei lá. tentar apenas não pensar.

é por isso que eu vou terminar esse texto agora, não pensar. tenho prova de inglês para fazer e
falar sobre moda me agrada. enfim... tudo se resolverá, [] porque o tempo é o senhor de todas as respostas.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

história 147: bateu na beesha errada!

sábado, um dia antes da aplicação da prova do enem, estávamos alguns amigos e eu, num bar gls de vitória da conquista, a cidade vizinha. conversávamos, riamos, bebíamos, ao som da belíssima voz de narjara paiva e seu violão. enfim, tudo muito bem, obrigado!

de repente o som parou por causa de uma brita que estava tendo em frente ao palco, nada entre gays, mas entre um gay e um "hetero", pelo que eu entendi, esse tal rapaz hetero, não gostou que o rapaz gay ficou olhando para ele e tomado da fúria de soraya foi para cima do moço gay e deu uma porrada na cara do rapaz, que nem teve tempo de levantar para saber o que estava acontecendo. foi uma muvuca, garçom correndo, gente reclamando [inclua-me nesse grupo] as beeshas da mesa do rapaz gay gritando alto e xingando deus e o mundo. narjara reclamou no microfone e veio um momentâneo silêncio. eis que o hetero grita para o bar inteiro ouvir: "ta pensando o que de mim, viado? eu sou homem, não gosto de bicha não, eu não como cu não?! se ficar me encarando vai levar porrada na cara" acompanhado da frase mais do que preconceituosa e muito mais ainda, corajosa, porque xingar um viado dentro de um bar que só tinha viados, é realmente um ato muito corajoso, veio a sonora desaprovação do bar inteiro, era gente falando para todo lado, um pandemônio. eu finíssima, nem me levantei de minha cadeira.

mas não deixei de observar, a curta distancia, que o rapaz que apanhou apenas disse: "eu não vou brigar com você" e com toda a classe do mundo pegou o celular, discou um número, falou alguns minutos e sentou-se novamente. enquanto isso o hetero, louco do edi, esperneava feito um cobra semimorta no chão. não demorou muito, viu-se luzes e o barulho de um sirene. básico, a policia baixou na frente do bar. o rapaz gay, fazia o soldado laci marinho. sim, ele é da policia civil, estava lá à paisana, e aquele telefonema que ele tinha feito, nada mais era, do que, para os outros amigos policiais. o hetero foi preso e tudo voltou ao normal, coitado, bateu no viado errado.

agora, a pergunta que não quer calar em minha cabeça: o que um hetero vai fazer em um bar declaradamente gls? usemos o bom-senso, não é?! uma pessoa que se predispõe a ir num ambiente assim tem que estar aberto a receber olhares e cantadas vinda de outros homens, porque o ambiente propõe isso. supondo, talvez, a menos provável das alternativas, que ele estivesse ali por causa do som, coisa que eu duvido, ele deveria ter chegado e falando para o rapaz que ele não curtia aquele tipo de aproximação e pronto, mas não, o povo sempre parte para a violência, achando que só porque é gay vai apanhar e nada vai acontecer, mas dessa vez foi diferente e justiça foi feita. infelizmente não é o que temos visto no brasil e no mundo, mas a esperança que as coisas mudem não morre e quando uma coisa assim acontece com gente metida a besta eu fico radiante de alegria. ah, se todos os heteros que fizessem violência contra gays fosse presos ou coisa do tipo, o mundo ia ser um lugar melhor, não ia?! meu sonho, vou te contar...

terça-feira, 2 de setembro de 2008

uh-hu, fashion!

nossa, já são quase três dias sem postar aqui, nossa que saudade de tudo isso. mas eu tenho um bom motivo para andar meio sumido daqui do blog, estou com um novo projeto. e é exatamente sobre isso que eu vim falar.

gosteria de lhes apresentar meu mais novo filho, o meu mais novo blog:
uh-hu, fashion!, que surgiu assim, do meio de uma conversa informal, dentro de um ônibus.

será um blog um pouco mais sério e muitissimo menos pessoal que o "eu vou te contar...", é uma forma de me aproximar do que eu realmente quero para minha vida profissional, mesmo não sendo profissional ainda.

gostaria de convidar todos vocês quem leêm esse meu blog para que dê uma passadinha lá no "
uh-hu, fashion!". ficarei realmente muito agradecido, vou te contar...