sexta-feira, 30 de novembro de 2007

[o homem e sua particularidade - part. 2]

[continuando]

- bom dia meu filho em que eu posso te ajudar? – perguntou mãe dalziza ao sentar na cadeira.
- eu tenho um problema no meu corpo minha mãe, vim vê se a senhora pode me ajudar. – respondeu Severino meio constrangido.
- vós-me-cê me diga então qual esse problema.
muito envergonhado Severino coçou a cabeça e disse:
- meu pinto tem 40 centímetros e eu não agüento mais isso.
- aaah, bem que eu tava te reconhecendo de algum lugar, você não é Severino do rolão?!
- sou eu mesmo mãe dalziza.
- mas o que lhe preocupa meu filho? tanto homi queria tanto ter esse picão.
- ninguém quer trepar comigo.
- já tentou Matias, viado gago?
- já.
- e ele não te quis?
- não
- vixe, seu problema é grande, deixa eu ver esse rolão.

Severino levantou-se, abaixou a calça, abaixou a cueca e mostrou para mãe-de-santo toda aquela fartura.
Mãe dalziza arregalou os olhos, arrepiou da cabeça aos pés e escancarou a boca.

- oxum misericórdia, - ela disse, ainda meio assustada – nem eu tinha coragem de enfrentar, guarda isso ai dentro meu filho, eu tenho medo só de olhar, seu problema é grande mesmo.

Severino mais desanimado do que antes colocou o pinto pra dentro e sentou-se novamente.

- tá vendo minha mãe, é disso que eu estou falando, ninguém tem coragem de ficar comigo, até de três pernas me chamam, se a senhora não tiver solução, vou fazer uma arte comigo, vou me matar.
- calma, calma meu filho, não precisa de tanto afobamento.

a mãe-de-santo pegou um saco de seda preta e abriu derramando conchas de búzios em cima de uma peneira de palha, pegou essas conchas mexeu pra cá, mexeu pra lá e jogou no tabuleiro. mãe dalziza olhou bem para os búzios na peneira, fez cara de raiva, sorriu, fez cara de desanimada e gritou:
- AXE!

Severino levou um susto – coitado.
- eu tenho a solução – disse mãe dalziza muito alegre.
Severino tava que não se agüentava na cadeira, pensava como aquelas conchas do mar podiam ter a solução do seu problema particular, talvez aquele foi um dos momentos mais felizes da vida de Severino, tirando é claro a única vez que ele transou, mesmo sendo num milharal, mesmo sendo com Adelaide, a anã, e mesmo ela ter ficado aleijada das duas pernas depois, enfim, gozar foi bom.

- pois então me diga mãe dalziza, eu tô que não me agüento.
- você vai fazer o seguinte – mãe dalziza começou – na próxima lua cheia à meia noite tome um banho com mandioca, pepino, cenoura e berinjela mais sal grosso, depois do banho cê veste uma roupa branca sem cueca e vá na lagoa barrenta nas terras de nhô Tião, aquela lagoa que ninguém bebe da água, fique nu, segure uma velha vermelha na mãe esquerda acesa e cante:

exu bebeu, exu sambou
exu bebeu, exu gloriou.
vem aqui sapo casamenteiro
exu te chamou.

- de dentro da lagoa vai sair um sapo verruguento e feio, cumprimente o sapo com o cumprimento assim: “ogum iê meu sapo, exu vem me ajudar” se o sapo abrir o olho esquerdo primeiro você pode prosseguir se abrir o direito, sai correndo sem olhar pra trás, você vai perguntar o sapo se ele quer casar com vós-me-cê toda as vezes que o sapo dizer não diminui 5 centímetros do seu rolão, mas tome cuidado o sapo não pode tá num dia bom.

Severino coçou a cabeça, repassou tudo mentalmente e fez cara que entendeu, e já ia se levantando. Mãe dalziza pigarreou e olhou para Severino com um sorriso amarelo, indicando para o rapaz que ele tinha esquecido alguma coisa.
- quanto foi a consulta mãe dalziza? – perguntou Severino, sem graça.
- 200 real. – respondeu mãe dalziza automática.

Severino chegou fechar o olho ao ouvir o preço salgado, lá ia embora 15 dias de capinagem na roça, tirou a carteira surrada do bolso e pagou, foi embora tão animado que nem conseguia esconder a excitação.


Dez dias se passaram e veio a lua cheia.


[continua...]

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

enquanto isso numa loja do futuro...

- ...então senhora, além de tudo lhe consola nas horas de depressão, e nós dividimos no cartão em 12 vezes.

- uhm... embala dois pra mim.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

[o homem e sua particularidade - part. 1]

lá nos confins do sertão, havia uma cidade, nessa cidade existia um homem e uma particularidade no seu corpo, esse homem se chamava Severino e era um homem infeliz – coitado.
vivia cabisbaixo pelos cantos, alguns até diziam já o ter visto chorando, mas cabra macho que era nunca admitiu tal calunia. tudo isso por causa da sua particularidade de seu corpo.
quando passava na rua as pessoas comentavam sobre Severino, às vezes riam e isso o incomodava demais.
o que para muitos era de falta, para Severino era de sobra [tinha para dar e vender] o que para muitos seria uma benção, para Severino era uma maldição, e é esse exatamente o motivo de tanta depressão.
sem mais enrola, porque eu sei que vocês estão curiosos, vou direto ao ponto; Severino tinha 40 centímetro de pênis [sim tudo isso] e era conhecido na cidade como Severino do rolão – coitado!

é por causa dessa fartura toda que nenhuma mulher, nem viado queria transar com Severino – eis o motivo de toda a sua depressão. nem mesmo a Leidiane, filha do Sr. Julu, aquela que tem fama de ser puta e “dadeira” não quis ficar com Severino, dizem por ai que escondeu dentro de casa quase um mês e nem para as festas queria ir mais. nem Matias, o viado gago que tinha o apelido de aspirador [chupava tudo a sua volta] quis o pintão de Severino enfrentar.

"de de deus me livre da da daquele ca ca cavalo"

num ato de desespero Severino foi num centro de macumba, queria saber se seu caso tinha algo haver com espiritual, quem sabe algum santo compadecido com tanto sofrimento poderia lhe fazer um milagre.

no terreiro de mãe Dalziza, Severino entrou, foi conduzido para um sala mau iluminada, humida, abafada e cheirando a incenso. não demorou muito mãe Dalziza entrou, era negra e gorda, vestida de brando com turbante na cabeça e brincos grandes na orelha.
a mãe-de-santo sentou-se à frente de Severino, entre eles uma mesa, cheia de coisas.

– bom dia meu filho em que eu posso te ajuda?


[continua...]

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

[história 083: mas lá tem... ?]

[tá chovendo na bahia. obaaa!]

eu sou tão gongado por morar na bahia que eu nem sei contar quantas vezes, pior ainda é por morar numa cidade do interior do interior; eu nem me importo às vezes eu acho até engraçado e tiro sarro comigo mesmo.
olha essa história que aconteceu comigo no dia que eu fui tirar meu passaporte.

entrega-se os documentos para o policial gordo e barbudo, ele confere e te dá uma senha, você espera, chamam seu número e você entra numa sala, as cenas seguintes é dentro dessa sala na hora de entregar meus documentos para o agente feio de dentes amarelos e bafo de cigarro.

- você mora na cidade x?
- sim.
- fica quantas horas daqui?
- mais ou menos 10 horas.
- longe.
- bastante.
- lá é cidade ou distrito de outra cidade?
- cidade.
- tem prefeito?
- sim.
- e com dez vereadores?
- sim.
- e pega celular?
- sim.
- tem internet?
- sim.
- e tem ...?

[eu não suportei mais e antes mesmo dele terminar a próxima pergunta esdrúxula eu disse]

- tem água encanada, luz elétrica e vendem botijões de gás, ah, e ninguém anda nu com macaco nos ombros.

[ele soltou um sorriso amarelo percebendo minha impaciência pegou meus documento e conferiu, mas ele não deixou barato, quis [tentou] se vingar do menino da roça ]

- cadê sua passagem?
- o quê?
- sua passagem de avião para comprovar que você vai viajar.
- eu estou indo para os EUA, sem passaporte eu não tiro o visto, sem visto eu não compro passagem.

[silêncio]

penso que ele pensou: "droga é da roça, mas não é besta"

- pode aguardar lá fora.

[20 minutos depois eu estava embora feliz com eu passaporte na mão]

dois meses depois meu visto foi negado ["você é um imigrante em potencial"] opa. é a vida né?! até deus me passa gongada, vou te contar...

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

[ porque elogios são sempre bem-vindos ]

hoje eu vou postar um comentario que eu recebi do Jamal do blog Báu do Jamal.
foi uma das coisas mais bonitas que alguém já me disse... é meio estranho falar de elogios, por que por mais que a gente tente não puxar o saco da pessoa, nós acabamos puxando [sem duplo sentido por favor] mas enfim, vou tentar não o fazer, mesmo porque o blog o Jamal é ma.ra.vi.lho.so [opa! fiz.]

alguns podem até achar estranho postar um elogio, mas eu explico porque pra mim é meio novidade, aqui poucas pessoas não me dão valor ou acham que o que eu escrevo não presta para alguma coisa. não estou dizendo isso para que fiquem com pena do menininho do caatinga, mesmo que porque quem quiser se manter vivo não sinta penta de mim, mas é a pura verdade.

quando o Jamal diz no texto abaixo: "pq sabemos que vc é um peixe fora d'água nessa caatinga em que vive" me deu um nó na garganta, é exatemente assim que eu me sinto, mas não reclamo, uma vida de de reclamações é chata, é por isso que eu escrevo um blog de humor.

pensem, é melhor ser alegre do que ser triste, a alegria é a melhor coisa que existe.
meu muito obrigado ao Jamal e a todos os seus amigos que leram meu blog . com esse comentario vocês firam mais um dia muito feliz na minha vida, muito obrigado mesmo.

mas antes de terminar, tenho que dizer que me arrepiei quando o jamal disse: "livres de preconceitos, epirituosos e crentes que o mundo tem jeito." e é com essas palavras que eu termino. [segui abaixo o comentario completo].

ah, antes que eu me esqueça vou te contar... estou particapando de uma disputa sexy de blogs . apartir do dia 26/11/2007 fotos semi-nu e sexy minha vão estampar esse blog . quem viver verá e contará. [ui delicia]


Jarbas...

Sabe que seu blog tem sido motivo de comentários entre meus amigos. Outro dia comentei sobre seu post do culto evangélico e muitos buscaram ler. Virou unanimidade em nossas conversas, pq sabemos que vc é um peixe fora d'água nessa caatinga em que vive. É superior em tantos aspéctos que dificil acreditar que seja tão jovem. O bom é saber que ainda tem tanto para buscar, que em breve o mundo vai ser pequeno pra vc.

É incrivel seu poder de estar antenado a tudo que se passa em sua volta, aí e no mundo.

Admiramos sua capacidade de extrair o que há de bom numa cidade de 4000 hab., e fazer de sua vida uma obra prima de Frederico Fellini.

Há poesia em suas histórias. Há uma criatividade ingênua. Você descreve as situações com certa inocência, típica de moradores de cidades interioranas, mas com uma capacidade de absorção do que se passa no mundo, absurda. Sua narrativa é profissional.

Seu senso de humor é muito peculiar. Encontramos esses insights geralmente em roteiristas de humor, de teatro. Pode-se de dizer que certas histórias que vc conta, poderiam muito bem serem encenadas em seriados como "os normais".

Parabéns por seu desprendimento, por sua inteligencia, por ser jovem, com esperanças e ideiais. Por acreditar que não é o meio em que vivemos que traça nossa personalidade e carater

Pena que as pessoas em geral observam os blogs como um passa tempo banal. Deveriam olha-los como um espelho da juventude que vem por aí. Livres de preconceitos, epirituosos e crentes que o mundo tem jeito.

Somos seus fãs.

abraço.


terça-feira, 20 de novembro de 2007

[história 082: alguém pára lá pelamor de Deus]

tem coisa pior no mundo do que você está querendo dormir e algo de atrapalhar, ainda mais quando esse "algo" é algo que você não pode fazer parar?! só de pensar me dá uns arrepios de nervoso.

eu tenho uma vizinha [ou tinha] que está beirando os 350 anos de idade, praticamente a múmia de uma das concubinas de Tutankhamon [exagerado] falando serio, ele está próxima dos 90, pois bem, e velha tem filhos espalhado em tudo quanto é canto do Brasil, por vezes ela sai lá da casa e vai ficar com nas casas dos filhos.

Já tem quase dois meses que ela viajou para ficar com uma filha, mas todos dos domingos depois das 23:00 hrs uma pessoa liga para o telefone da casa, pior de tudo é que por a velha ser surda a campainha do telefone é mais alta que o alarme que soou antes da explosão atômica de Chernobyl [si é que tocaram um alarme lá]

meu sonho era saber quem é que tá fazendo isso, pior de tudo é que a pessoa não entende que ninguém está atendendo e continua ligando, ligando, uma, duas, três, quatro etc cinqüenta vezes numa só noite, e o telefone lá gritando feito porco antes do abate, eu mereço? me digam eu mereço? penso que essa insistência dessa pessoal miserável é que tá achando que a rainha dos Maias não está escutando o telefone chamar, mas não é isso, a verdade é a casa que tá vazia, enquanto isso eu fico no meu quarto, que é praticamente parede com parede com a casa da velha suportando o barulho infernal.

dei-me opções de como destruir esse telefone. tô falando serio, vou te contar...

sábado, 17 de novembro de 2007

[história 081: avisa ai que eu não vou]

percebi hoje que eu sou usando por todos os meus colegas do inglês, se não todos, quase todos, adivinha pra que? pra avisar o professor que eles não irão para o curso.

hoje [sábado] é dia de estudar inglês [ eba! ] pois bem, fiz login no meu orkut na sala de informática do curso lá estava um recado de uma colega pedindo para avisar o professor que ela não iria para o curso porque estaria estudando para o vestibular da federal [falando nisso boa sorte Dessa] okay. obvio que avisei, foi daí que eu tive um insight e portas de meu mundo se abriram para a revelação, percebi que durante esse ano de 2007 alguns colegas não freqüentaram o curso por diferentes motivos e eu fui o mensageiro para dar a noticia de que eles não iriam e si tratando da vida de Jarbas aqui no meio da caatinga claro que tem coisas meio fora do normal para contar:

lembro de uma vez que eu fiz login no orkut lá estava um recado de uma colega [não a mesma de hoje] era mais ou menos assim:

oi jarbas.
tudo bem com você?
queria te pedir um favor, avisa para André [nome de meu professor]
que eu não irei no curso hoje porque eu vou para Paris.


obrigado
beijos.

sim queridos, sim, sim, sim ela estava indo para a capital da França, e sim, ela falou de Paris como se ela estivesse falando assim:
"vou alí na padaria na esquina de shortinho, blusinha básica e havaianas" e para os mais curiosos ela estava indo visitar o pai, porque ela é chic bem, enfim, mordido de inveja foi no recado e respondi assim [agindo bem naturalmente, ou pelo menos tentei]:

oi querida.
tudo ótimo comigo e você?

pode deixar que eu aviso.


enjoy your trip.

beijos.

resumindo, sou pobre, mas não deixo transparecer que provavelmente não irei para Paris nos próximos três anos, sou pobre, mas sou soberbo beim.
uma semana depois fui ver as fotos da moça lá estava ela ao lado do Arc de triomphe, na Champs-Élysées, na Torre Eiffel e Musée du Louvre, ou seja, ela foi mesmo para Paris. [ai que ódio]

outra situação que teve foi ainda no começo dessa semana. lá estava eu de bobeira no MSN de repente uma colega abri conversação comigo.

colega:
jarbas?
eu:
oi.
colega [assim na lata, sem rodeios]:
avisa para André que eu não vou para o inglês próximo sábado não, porque meu pai teve 3 infartos e 2 derrames [ou 2 infartos e 3 derrames, enfim, foi uma coisa absurda] e ele precisa de mim agora.
eu:
ai meu deus e ele ta vivo?
colega:
tá, fez umas cirurgias ontem. [não consegui pensar em nada menos obvio para perguntar]
eu:
pode deixar que eu aviso, seja forte amore e melhoras para seu pai.
colega:
obrigado inho, vou sair.

[colega fica off-line]

caraca, eu ainda fiquei assim uns cinco minutos aturdido com a noticia, percebem que meus colegas vão do quinto dos infernos ao sétimo céu não freqüentando as aulas de inglês.

só pra ressaltar o motivo desse texto não é pra reclamar não, continue me pedido para visar André que vocês não vão na aula, eu adoro essas coisas, ser porta-voz dessas noticias malucas é um prazer, se tratando de Jarbas não podia ser diferente, daqui a pouco vou ser considerado uma coruja mensageira de Harry Potter, vou te contar...

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

quase um template novo...

...tô changando lá.
aff. tudo que o blogspot tem de bom tem de perverso por ser baseado em XML ... aff. não aguento.
só porque eu não sei mexer nesse código do diabo. [ui!] se fosse HTML até que ia ... meu template ia ser otimo.

enfim, a gente aprende a conviver com isso.
então o que acharam da motagenzinha que eu fiz?

até mais... mas não deixem de dizer-me o que acharam.
ah, se alguém souber um programa de edição de XML pelamor de deus em diga.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

[história 080: peixe morre é pela boca]

"O negócio é falar, falar, falar bastante, porque, depois de morto, você vai ter muito tempo para ficar calado" (Chacrinha)

frase retirada do blog ontem à noite de jackson jr.

mas porque esse frase? porque hoje eu acordei prensando num velho ditado: "peixe morre é pela boca" e isso é a pura verdade...
um flash back para meus tempos de escola, quando essa história aconteceu [era jurássica] hi hi hi

então, estava em casa quando quatro amigas chegaram para eu digitar um trabalho para elas, mandei tudo mundo entrar e fomos para meu quarto, enquanto eu digitava as meninas sentadas no tapete conversavam e eu por vezes dava minha opinião sobre os assuntos explanados pelas garotas.
num determinado momento uma amiga falou: "vocês viram fulano na rua ontem quase morto de bêbado?!"

eu não titubiei e comecei a falar: "eu vi... meu deus que vergonha tava parecendo um cachorro sarnento sem dono, só faltou os vira-latas lamberem a boca dele, sem falar que ele vomitou na roupa toda, aquilo é um vagabunda, desempregado, não sei com alguém consegui namorar aquela coisa, fulana [eu disse o nome da namorada dele] quem é corajosa de ficar com ele, nem quem..." antes que eu terminasse me deram um beliscão, atentem que até então eu estava falando de costas para minhas amigas, quando eu virei para ver quem tinha me dado o beliscão, dei de cara adivinha com quem?
não, não foi o fulano, se fosse ele seria cueldade demais da parte do divino, eu dei de cara com a fulana, aquela mesma que eu tinha acabado de chamar de corajosa por namorar com o fulano. sabe quando você engole seco, que parece que desce um tijolo na sua garganta e você pede um buraco para enfiar-se dentro?! pois é, foi exatamente assim que eu me senti. e agora josé? explicar? não tinha nada para explicar, eu tinha acabado de xingar o namorado da menina [inclusive] na frente dele, só me restou apelar para o pedido de redenção, eu disse: "fuluna, me perdoa eu..."

"tudo bem Jarbas, você está certo, tudo mundo tá certo, só eu quem não cnsigo exergar
, eu entendo você."

ops! acho que acabei com um namoro [ai que dor no coração] meus olhos lacrimejaram, mas eu preferi ficar calado. ela falou num tom tão triste que eu queria morrer naquela hora, mas depois passou. (6)
minha raiva foi que a desgraçada ficou tão calada que eu tinha esquecido que ela era um das quatro amigas que estavam no quarto, mas se eu tivesse ficado calado nada disse teria acontecido.

lição de moral: cuidado com o que você fala e quando for falar mau de alguém, olhe em todas as direções.
é assim né. porque vergonha pouca é besteira. vou te contar...

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

[história 079: é o homem mais cheiroso do mundo]

lembram do lugar de minha queda da história 074?
lembram do moço bêbado da história 077?

pois é, antes de contar esse história, uma pausa para um esclarecimento, SIM! o moço bêbado é bonito, digo mais, ele é lindo, porém, contudo, toda via, portanto é preciso ressaltar que ele também usa um anel de ouro no dedo anelar da mão esquerda, ou seja, casado.

voltando... lá estava eu descendo a rua quando o avisto ainda do meio da ladeira, eu estava com uma amiga iamos num supermercado, de longe ele me viu e abriu os braços, nem teve como fingir que não tinha visto ele, o coração acelerou, a rua lotada de gente [pra variar] eu encosto. detalhe ele estava mais uma vez parcialmente bêbado [tenho desconfiado que esse tem sido um de seus estados mais freqüentes] e estava molhado também.
[despois descobri que ele estava tomando banho de mangueira lá na oficina do amigo dele]

- grande jarbas! - ele praticamente gritou com quando eu aproximei.
- oi.
- iaê como você está?
- tudo bem e você?
- tudo bem, mas tá faltando uma coisa.

gelei da cabeça aos pés, sabia que esse
"mas tá faltando uma coisa" ia sobrar pra mim, não podia me permiti uma exposição de minha figura no meio da rua. gritei pra mim mesmo "não pergunte o que, não pergunte o que está faltando" mas o espírito de puta, como diria uma amigo, meu lado paris hilton falou mais alto e eu com a cara mais lambida do mundo perguntei: "o que tá faltando fulano?"

"um abraço seu" ele respondeu; fiquei verde bioluminescente com listras roxa.

eu disse não disse?! dei uma olhada ao meu redor, muitas pessoas nos olhavam, obvio ele praticamente gritava enquanto falava comigo.
abriu os braços e me abraçou todo molhado, eu ovulei três vezes seguidas, quando eu estava me afastando do abraço ele deu um cheiro no meu cangote, aqui pertinho da orelha que me fez arrepiar.
quando eu pensei que tudo tinha acabado ele gritou, gritou mesmo:
"meu deus, meu deus, o homem é cheiroso demais gente, é o cara mais cheiroso que eu conheço" [cadê o buraco pra eu pular dentro?] ele abaixou o tom do voz só pra eu escutar e disse: "qual o perfume que você usa? essencial? humor?"

- natura homem – eu respondi.
- eu sabia – ele disse; pensei:
"não você sabia, mas tudo bem"
- eu vou alí, depois a gente se fala.
- vai lá jarbão, até mais.
- não se manifesta, a rua tá cheia de gente – foi a única coisa que minha amiga disse.

eu que não sou bobo nem nada obedeci a sugestão dela, segui meu rumo em direção ao supermercado, quando eu voltei ele já não estava lá mais, melhor assim. vamos aguardar os próximos capitulos dessa novela mexicana, essa história ainda vai render muita coisa [se deus quiser (6)] vou te contar...

sábado, 10 de novembro de 2007

eu estava aqui pensando...

...o quão chato é ser uma arvore, ficar lá paradona sem fazer nada, se for arvore de cidade até que vai, dá pra ver uns carros passando, umas pessoas e até sacagem da galera de madrugada; ruim mesmo é ser uma arvore na minha cidade além de não ver nada [só sacagem do povo de madrugada] ficar parada ao meio dia com o sol a pino no meio da caatinga, vendo suas parentes todos secas e murchas, isso que é sofrimento, pior é nem poder mexer do lugar pra procurar uma sombra, porque é você arvore quem faz sombra, mas pensando bem ruim mesmo é ser uma arvore na áfrica [ui que medo] lá sim que faz calor no meio do deserto, a única coisa que um arvore se questiona nesse lugar é: "oh, porque o deserto é tão... deserto?!" ou "o que eu fiz pra merecer ser uma arvore num deserto?!" enfim... se essa coitada arvore tiver sorte não será uma arvore comestível na somália, mesmo porque se assim fosse ela nem teria nascido na hora que o broto surgisse na terra já seria comida, a galera lá passa uma recessão do diado.

[suspiros]

mas pensem comigo: e ser uma arvore alasca?! se é que lá tem vinda né?! não sei se é pior a neve e o frio durante o ano inteiro, o fato de que você não vai ver nada nem ninguém [só pingüim e urso] ou se é o fato que lá é dia durante seis meses e noite durante seis meses, assim fica complica né?!

por falar em alasca, se no alasca tivesse uma rave, dessas que começam de noite e terminam de dia, ela ira durar seis meses até o sol nascer?!

[suspiros]

sendo assim se tivermos sorte na próxima vida não nascermos arvores, nem no deserto, nem na somália ou alasca, e nunca irmos numa rave num dos pólos.

acho que minha mãe já acordou ... vou ali beber café. ficar sem fazer nada me faz pensar cada coisa. vou te contar...

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

[história 078: você está fora da moda!]

lá estava eu num churrasco no domingo passado com amigos, amigos de amigos, colegas, conhecidos, enfim, muita gente... eu não sei o que eu vegetariano quero fazer num churrasco, mas tudo bem. conversa vai, conversa vem, cerveja, montila, risadas, mais cerveja, eu evitando bastante beber.
lá pela tanta uma conhecida encosta [muito bêbada diga-se passagem] perto de mim, olha bem para minha cara e diz: "camiseta verde, bermuda caqui e chinelo azul?! não tem nada haver né?! você está completamente fora da moda!"

O.O' [ "CUMA?!" ]

tive meus primeiros trinta segundos de ué-porque-ela-falou-isso-comigo? depois olhei na cara da bêbada, analisei a indumentária da individua e disse: "é o verão 2008 meu amor, combinadinho é brega!"
ela respondeu: "eu tenho assinatura de mil revistas e não vi isso ainda."

[ela sabe ler? isso era novidade]

minhas amigas me olharam com olhar de cobrança, sim! eu tinha que dizer algo, eu disse: "no dia que você freqüentar os portifolios da louis vuitton, chanel, versace, dolce & gabbana, prada, gucci, fendi e alexandre herchcovitch você venha falar comigo de moda." ao final da frase soltei um bate cabelo e fiquei de costa, a bêbada não disse mais nada e saiu, comigo não viada.

agora eu digo com a bêbada estava vestida, antes como ela é: baixa, um metro e sessenta e cinco no máximo e gorda. [preciso dizer algo mais?] então ela estava vestida com um short curtíssimo de tactel [não sei se escreve assim] laranja quase fluorescente, com duas listras marrom de cada lado e na bunda tinha escrito kawaii beach [okay.. japaenglish] usava uma camiseta básica regata da hering laranja num tom mais claro que o short e mostrava a alça do sutiã marrom [cof. cof. cof.] a mulher cenoura ainda tem o topete de querer discutir moda comigo, vou te contar...

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

[história 077: diretas já!]

segunda-feira, dia de branco - com diria minha mãe.
o dia que tudo volta ao normal [amém] feriadão foi bom, pelo menos deu pra descansar um pouco, mas antes do feriado coisas aconteceram:

cá estava eu na quinta-feira [um dia antes do feriado] voltando pra minha casa depois do trabalho, quase meio-dia, morrendo de fome, sol a pino quase me causando um auto-combustão, pra completar eu estava subindo uma ladeira enorme [porque nesse cidade sem mais ladeiras do que gente] passo perto de um árvore onde tinha três rapazes [conhecidos, porém não intimos] bebendo e conversando em baixo da sombra, de repente escuto:

- Jarbas?
[olha para trás e percebo que era um dos rapaz que estava sentado em baixo da sobre da árvore, estava levemente alcoolizado]
- eu?
- é. venha cá.
[aproximei, cumprimentei-os]
- iaê tudo bem?
- tudo ótimo e você?
- tudo bem também.
[silencio. eu realmente não tinha nada o que conversar com ele e aquela sol quente, a fome e o calor não estava me deixando ter pensamentos lógicos e inteligentes]
- encosta aqui, deixa eu ti falar uma coisa - ele disse, fazendo sinal para eu constar meu ouvido próximo á boca dele.
[encostei]
- e nós dois?
- e nós dois o que?
- vamos transar e fumar maconha?!

[engoli seco, sorri envergonhado e fui embora]

lá de longe eu escutei ele gritar: "tá falhando comigo"

como é isso? acabou a decência do mundo?! pense você passar na rua e te chamarem para transar e fumar maconha. não entendo porque tudo mundo nessa cidade tem tatuado na mente que eu fumo maconha, mesmo eu não fazendo uso da droga, tô pra gritar no meio da rua: "EU SOU ASSIM MESMO, EU NÃO FUMO MACONHA!" [anyway] foi-se os tempos que havia um corte, a conquista, o povo tá tão moderno que já chega dizendo tudo na cara. uau! depois dizem que eu sou "moderninho" aff.

com diria na década de 80 o semi-analfabeto que finge ser presidente desse país: "diretas já!" vou te contar...

sábado, 3 de novembro de 2007

não sou de filosofias...

...mas ontem foi um dia muito especial.
como um bom baiano, a preguiça é um dos pecados que me governa, ou seja, esse post era pra ter sido escrito ontem, enfim... cá estou agora.

[02 de Novembro de 2007]


meu dia de gente.
muito para dizer ... pouco que eu realmente pode ser dito.
só queria que soubessem que ontem eu completei um ano como ser humano. porque antes eu fingia ser o que eu não era.
um ano que a pessoa que eu mais amo no mundo [minha mãe] soube quem eu realmente era.
juro, estou adorando ter deixando de ser uma coisa.

um ano como Jarbas Ribeiro Bahia.

vou te contar... bom demais!